Novo Mais Médicos: veja o que muda no programa

A nova versão do programa de saúde pública Mais Médicos foi relançado nesta segunda-feira (20) pelo Governo Federal. Vão ser 15 mil novas vagas para atuação em regiões consideradas de extrema pobreza e onde a oferta por serviços de saúde é baixa. 

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o novo programa vai priorizar médicos brasileiros, que foram formados pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Veja abaixo o que muda com o Novo Mais Médicos. 

Benefícios do Mais Médicos para profissionais brasileiros

• Para os médicos formados pelo Fies, vai existir a possibilidade de garantir um bônus de até 80% do total das bolsas de todo o período, que pode se estender por pelo menos um ano, caso existam cidades com muita necessidade. 
• Os contratos com cada profissional de saúde do Fies vão ser de quatro anos, e a mensalidade da bolsa vai ser de quase R$ 13 mil por mês, independente da região. 
• Além disso, o médico que participar do programa poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos. Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcional ao valor mensal da bolsa, para atuarem nas periferias e regiões mais remotas.
• Outro ponto divulgado entre as mudanças está incentivos de entre 40% e 80% para os médicos do Fies que se fixarem nas cidades consideradas mais vulneráveis por mais tempo. Nesse caso, a medida foi tomada porque, segundo o governo, 41% do participantes anteriores do programa, acabam desistindo da atuação para focarem na capacitação e qualificação.

Onde o Mais Médicos vai ser oferecido?

• O novo Mais Médicos vai chegar às unidades básicas de saúde de cada cidade, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
• A expectativa do governo é de que 96 milhões de pessoas tenham acesso aos serviços. 
• Focado na atenção primária à saúde, o objetivo do ‘Mais Médicos’ é justamente prevenir doenças e reduzir a situação de gravidade dos pacientes. 

Quanto vai ser investido no novo Mais Médicos?

De acordo com o Ministério da Saúde, somente para 2023, está previsto um investimento superior a R$ 700 milhões, e a expectativa é de que até o final do ano cerca de 28 mil profissionais da saúde estejam atuando por todo o país. 

Seleção de médicos através de edital

• Do total de 15 mil vagas que foram anunciadas no relançamento do programa, cinco mil estarão disponíveis para inscrição através de um edital. Segundo o Ministério, esse edital vai ser divulgado ainda neste mês de março. 
• As outras 10 mil vagas vão ser demandadas pelas próprias prefeituras, que também vão ter a responsabilidade de arcar com a bolsa de cada médico contratado. 

Médicos cubanos de volta?

A primeira versão do programa foi criada em 2013, ainda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, e ficou marcada pela atuação de profissionais de saúde cubanos no Brasil, quando houve acordo entre os governos de ambos os países. 

No entanto, devido a politização da questão, quando Jair Bolsonaro assumiu o cargo de presidência, ele determinou a volta dos médicos cubanos para o seu país, o que acabou com o atendimento mais profundo em cada município do Brasil. 

O atual presidente Lula, na cerimônia de relançamento, destacou que apesar dos incentivos para os brasileiros na nova versão do ‘Mais Médicos’, não fecha as portas para que estrangeiros atuem através do programa novamente, caso não exista o preenchimento total das vagas. 

"Se não tiver (preenchimento das vagas totalmente), vamos fazer chamamento para que médicos estrangeiros ocupem essa tarefa. Porque o que importa para nós não é apenas saber a nacionalidade do médico, é saber a nacionalidade do paciente, que é um brasileiro que precisa de saúde", ressaltou Lula.

* com informações de Agência Brasil e g1