ECONOMIA
Bolsa Família: governo exige recadastro de 1,2 milhão de 'famílias de uma pessoa só'
Ministério do Desenvolvimento Social informou que recadastramento das informações do Bolsa Família deve ser feito dentro de um prazo de 60 dias.
Publicado em 12/04/2023 às 14:58 | Atualizado em 20/06/2023 às 14:22
O Bolsa Família está bloqueado para 1,2 milhões de pessoas que dizem morar sozinhas e passaram a receber o benefício durante o último período eleitoral, em 2022, de acordo com o Governo Federal. Essas pessoas terão 60 dias, estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social, para recadastramento das informações.
O prazo para este recadastramento começa a valer já a partir da próxima sexta-feira (14). Os beneficiários que se enquadrarem nesse bloqueio serão avisados que precisarão fazer a atualização de informações por meio do aplicativo do Cadastro Único e também por SMS.
As pessoas que não confirmarem que moram sozinhas ou não atualizarem o cadastro de informações, poderão ter o Bolsa Família encerrado de forma definitiva.
Com a atualização cadastral feita e comprovado que a pessoa que recebia o benefício compõe uma "família de uma pessoa só", haverá uma análise para saber se existe o direito para o recebimento do benefício. Caso seja aprovado, as parcelas suspensas durante o período serão pagas retroativamente.
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Cadastros de ‘famílias de uma pessoa só’
O governo informou que o bloqueio foi determinado por conta de uma ‘explosão’ de cadastros de famílias formadas somente por uma pessoa no último ano. Existe a suspeita de que boa parte desses cadastros seja fruto de informações falsas adicionadas para o recebimento do Bolsa Família.
Atualmente, o benefício paga um valor base por família e existe um adicional por criança ou adolescente no cadastro. Para este ano de 2023, o valor mínimo que uma família pode receber é de R$ 600, com R$ 150 por criança de até 6 anos sendo acrescido. A média do valor pago às famílias é de R$ 670.
Em 2022, ainda no governo Bolsonaro, quando o Bolsa Família se chamava Auxílio Brasil, foi estabelecido que os R$ 600 seriam pagos independente do número de pessoas que integrassem as famílias. Isso, de acordo com o governo atual, fez com que membros da mesma família, como pai, mãe e filhos, cada um fizesse o cadastro e recebessem o valor separadamente.
*com informações do g1
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