CONVERSA POLÍTICA
Opinião: presença de GSI no Planalto dia 8 de janeiro não confirma tese paranoica de bolsonaristas
O silêncio do governo sobre a existência do vídeo com presença do GSI é, de fato, ingrediente necessário à defesa da abertura de uma CPMI.
Publicado em 20/04/2023 às 19:22 | Atualizado em 22/04/2023 às 12:11
A presença, do agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, Gonçalves Dias, no Planalto, dia 8 de janeiro, não confirma, nem de longe, a tese paranoica de alguns bolsonaristas de que os ataques e o vandalismo teriam sido executados por petistas infiltrados.
Parece loucura, mas é essa conclusão que se vê nas redes sociais de deputados aliados de Bolsonaro, entre eles paraibanos, que esperavam um elemento que se encaixasse na teoria da vitimização dos golpistas. Acharam que encontraram, mas não é fácil convencer.
Dito isso, é preciso registrar que essa tese não enfraquece a necessidade do governo explicar o porquê da presença "amigável" do ministro no Planalto divulgada mais de três meses depois dos ataques. Num vídeo vazado para imprensa.
Aliás, por que não houve uma explicação daquele comportamento do ministro antes? O que se escondia? Por que houve pedido de sigilo dos vídeos?
O silêncio do governo sobre a existência do vídeo com a presença do GSI é, de fato, ingrediente necessário à defesa da abertura de uma CPMI. E, ao que parece, diferentemente do que se pensava, havia algo a mais, mesmo com tantos órgãos investigando.
A falta de transparência gerou tormenta em Brasília e a primeira baixa num clima de desconfiança dos próprios aliados.
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