POLÍTICA
Mais de 150 mil têm o título cancelado na PB
Embora não tenham atingido a revisão de 100% do eleitorado, bateram a meta de 80% João Pessoa Campina e mais 11 cidades.
Publicado em 22/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/01/2024 às 18:45
Mais de 150 mil eleitores paraibanos de 19 municípios terão os títulos cancelados porque não fizeram o recadastramento biométrico. Até as 20h de ontem - último dia do prazo - 743.266 votantes tinham feito a biometria, o que representava 83% no total de 895.659. Faltavam ainda 152.393 atualizar o documento eleitoral.
No entanto, mais de mil pessoas ainda estavam nas filas esperando pelo atendimento em João Pessoa e Campina Grande, revelou na ocasião a diretora-geral do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), Alexandra Maria Correa. Os eleitores que não fizeram o recadastramento têm até o dia 7 de maio para reativar o título cancelado.
Em João Pessoa, até as 20h, 397.961 eleitores tinham feito a revisão eleitoral e cerca de 800 ainda aguardavam atendimento, devendo chegar a 83%. Na capital, cerca de 80 mil títulos vão ser cancelados. Em Campina, pouco mais de 234 mil (84%) fizeram o recadastramento biométrico, enquanto aproximadamente 45 mil eleitores terão os títulos cancelados.
Embora não tenham atingido a revisão de 100% do eleitorado, bateram a meta de 80% João Pessoa, Campina, Lagoa Seca, Aguiar, Boa Vista, Capim, Emas, Massaranduba, Caiçara, Catingueira, Logradouro, Mataraca e Serra da Raiz,
Por sua vez, as cidades que não tinham atingido os 80%, até as 20 horas de ontem, são Mamanguape, Cuité de Mamanguape, Igaracy, Itapororoca, Nova Olinda, Olho d'Água (69,3%).
Alexandra Correa explicou que a corregedoria do TRE vai apresentar o relatório sobre a biometria na próxima semana.
RESTRIÇÃO
O cancelamento do título impede que o cidadão tire passaporte, participe de concurso público, assuma cargos públicos, obtenha empréstimo na rede bancária oficial, tire CPF e até mesmo receba salário, no caso de servidores públicos.
Com o cancelamento do título, não é possível, ainda, se inscrever em concurso ou prova para cargo ou função pública ou neles tomar posse. Fica impedido, também, de receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, bem como de fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza.
TRE SUPERA OS ÍNDICES
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Saulo Benevides, confirmou que os eleitores com o título cancelado por não ter feito o recadastramento biométrico têm até o dia 7 de maio para regularizar a situação junto à Justiça Eleitoral. O prazo é o mesmo para quem vai tirar o título pela primeira vez ou fazer a transferência do domicílio eleitoral. Ele explicou que não há multa para o eleitor por não ter comparecido ao recadastramento.
Na tarde de ontem, Saulo Benevides fez um balanço do recadastramento biométrico, que foi realizado em 19 cidades da Paraíba, entre elas João Pessoa e Campina Grande, os dois maiores colégios eleitorais do Estado. Segundo ele, a biometria na Paraíba atingiu os índices, superando a maioria dos Estados.
“Para você ter uma ideia, João Pessoa superou inclusive a cidade de Curitiba, que tinha uma estrutura bem maior para o atendimento do eleitorado”.
Ele lamentou que mesmo a biometria tendo sido iniciada há um ano, somente na reta final os eleitores tenham se interessado em fazer o recadastramento. Quanto aqueles que não atenderam ao chamamento da Justiça Eleitoral, ele disse que não haverá maiores prejuízos, já que poderão tirar um novo título e votar nas eleições de outubro pelo sistema biométrico.
“O eleitor que não fez a biometria terá o título cancelado.
Entretanto, a partir da próxima segunda-feira o eleitor pode comparecer a um cartório eleitoral e fazer um novo título. Ele vai tirar uma nova inscrição eleitoral, sem nenhum prejuízo”, afirmou. Na capital, as pessoas devem procurar a Central de Atendimento ao Eleitor (Fórum Eleitoral), em Tambiá, das 12h às 18h. Já com relação aos eleitores analfabetos, acima de 70 anos e com idade entre 16 e 18 anos, o presidente do TRE lembrou que para essas pessoas o voto é facultativo. (Lenilson Guedes).
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