Chico César sobre Rita Lee: 'como padroeira da liberdade é um guia para todas as mulheres'

“Para mim, ela como padroeira da liberdade é um guia para todas as mulheres que se arriscam na arte musical brasileira, que se entregam a isso. É uma referência para todos nós, mas principalmente para as mulheres”, disse o cantor Chico César sobre Rita Lee, após o anúncio da morte da cantora, nesta terça-feira (9). A fala do paraibano foi dada à CBN João Pessoa.

O cantor também destacou os pontos fortes de Rita, a descrevendo como “insubmissa e sempre irreverente”. Além disso, Chico quis ressaltar outro lado da artista. “Sem esquecer também, seu lado, não menos importante, de ambientalista, de aliada à defesa dos animais, sua luta contra a tortura dos animais… Fica esse legado”. 

É importante citar que Rita Lee escreveu com Chico César a música ‘Odeio, Rodeio’, que trata exatamente sobre os maus tratos que os animais sofrem nesses eventos. “Me tira a calma, me fere a alma, me corta o coração, se é luxo ou é lixo quem sabe é o bicho que sofre o esporão”, diz um trecho da canção. 

“Rita Lee para sempre!”, finalizou o paraibano.

Adeus à rainha do rock

A cantora Rita Lee, conhecida como a rainha do rock nacional, morreu aos 75 anos, em São Paulo, na noite desta segunda-feira (8), conforme anunciou a família. 

Segundo nota divulgada, Rita Lee morreu em casa. Ela enfrentava um câncer de pulmão. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”.

Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença. Sempre irreverente, em 2022, a cantora chegou a apelidar seu tumor de Jair Bolsonaro.

A artista nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. O pai, Charles Jones, era dentista e filho de imigrantes dos EUA. A mãe, a italiana Romilda Padula, era pianista, e incentivou a filha a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs.  Ela iniciou a carreira aos 16 anos e teve passagens pelas bandas Teenage Singers, Os Mutantes, antes de estrear na carreira solo em em 1975. Ao todo foram 40 álbuns gravados, sendo seis dos Mutantes e 34 na carreira solo.