CONVERSA POLÍTICA
Pamela Bório se retrata após chamar juízes da Paraíba de "cooptados e corruptos"
A decisão foi tomada pela Justiça em ação penal movida pela Associação dos Magistrados da Paraíba por ter difamado a categoria.
Publicado em 23/05/2023 às 13:32 | Atualizado em 23/05/2023 às 17:59
A ex-primeira dama da Paraíba, Pamela Bório, foi obrigada a publicar, em sua conta pessoal, no Instagram, uma retratação às declarações feitas por ela contra magistrados da Paraíba. A postagem está oculta no feed, mas aparece ao abrir a área do reels do Instagram.
A decisão foi tomada pela 3ª Vara Criminal da Capital, em ação penal movida pela Associação dos Magistrados da Paraíba, por ter difamado a categoria com acusações de práticas de corrupção e cooptação para a venda de sentença.
As acusações de Pamela Bório ocorreram primeiramente no dia 7 de abril de 2019, quando ela participava de um ato público político, na orla de Cabo Branco, em João Pessoa.
Em cima de um carro de som, ela fez comentários sobre o judiciário paraibano, dizendo que ele era "cooptado e corrupto", sob alegação que haveria juízes que vendem sentença e que maltratam pessoas como ela.
Logo em seguida, especificamente no dia 14 de abril, ela postou, em suas redes sociais, uma nota com o título "(in)justiça", na qual ela acusa a Associação de Magistrados da Paraíba de ser "condescendente" com o juízes, após ela ter emitido 'nota de repúdio' às suas declarações contra a categoria.
Retratação de Pamela Bório
Reconheço que as afirmações acima extrapolaram a minha liberdade de expressão e a crítica razoável, pelo que torno pública minha retratação frente ao Poder Judiciário do Estado da Paraíba e a cada um de seus juízes que, mesmo não citados, tenham se sentido ofendido", diz em um trecho da publicação.
Ainda na retratação, ela destaca que reconhece que "Associação dos Magistrados da Paraíba, entidade indispensável à defesa das prerrogativas profissionais, atua em favor dos magistrados, que formam categoria que deve ser respeitada, pela fundamental importância de suas funções na preservação e na concretização do estado democrático de Direito".
Embates com a Justiça
A ex-primeira dama viveu intensos embates judiciais com o ex-governador Ricardo Coutinho pela guarda do filho do ex-casal, Henri Bório, na esfera privada.
Na esfera pública, Pâmela é uma das investigadas por suposta participação no atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, que resultou em ataques não apenas ao Judiciário, como também a outras instituições como o Executivo e Legislativo federal.
*matéria atualizada às 17h desta terça-feira (23) com a correção de que Pamela Bório é investigada e não denúncia por suposta atuação nos atos de 8 de janeiro
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