Médico é transferido de UTI para apartamento; prisão foi prorrogada

Karoline Zilah

O médico Godofredo Borborema, preso sob a acusação de cobrar por cirurgias que já seriam pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi transferido nesta segunda-feira (21) para um apartamento do Centro Hospitalar João XXIII, em Campina Grande. Ele foi retirado do presídio do Serrotão na última sexta-feira (18) e internado no Hospital Regional após sofrer um ataque de hipertensão.

De acordo com a assessoria de imprensa da unidade hospitalar, desde então o médico permanecia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas agora está num apartamento recebendo acompanhamento de uma equipe médica.

"O estado de saúde continua instável e inspira cuidados", informou a assessoria. A avaliação médica constatou que Godofredo Borborema sofreu um pico hipertensivo, associado a uma hemorragia digestiva alta. O fato do paciente ser obeso e diabético são agravantes.

Entenda o caso

A Justiça autorizou a prorrogação da prisão do médico. Godofredo se apresentou à Central de Polícia de Campina Grande na última terça-feira (15) depois de receber dois mandados de prisão, um pelo crime de concussão, ou seja, extorsão cometida por um funcionário público, e outro pelo não cumprimento de uma pena de prestação de serviços comunitários por um crime semelhante.

Outras quatro pessoas estão presas por suspeita de envolvimento no esquema de 'venda' de cirurgias pelo SUS. O Ministério Público Estadual e o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil investigam o caso na operação Hipócrates.