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MEIO AMBIENTE

Reunião de órgãos ambientais define protocolo de segurança para gripe aviária na Paraíba

Encontro aconteceu na sede da Superintendência Federal da Agricultura, em Cabedelo. Ainda não há casos de gripe aviária no estado.

Publicado em 30/05/2023 às 14:48


                                        
                                            Reunião de órgãos ambientais define protocolo de segurança para gripe aviária na Paraíba
Foto: Duvulgação

Uma reunião que contou com vários representantes de órgãos ambientais definiu, nesta terça-feira (30), o protocolo de segurança para a gripe aviária na Paraíba. O encontro aconteceu na sede da Superintendência Federal da Agricultura, em Cabedelo. O primeiro caso da doença no Brasil foi registrado no dia 15 de maio, no Espírito Santo , após 20 anos circulando pelo mundo. Ainda não há registros oficiais da doença na Paraíba. 

Na última semana, algumas aves silvestres foram encontradas mortas, no dia 23 de maio, em Intermares, na cidade de Cabedelo, levantando a possibilidade da doença ter chegado em solo paraibano. No entanto, exames laboratoriais foram feitos e constataram que os animais não tinham gripe aviária em seu organismo

Em entrevista para a TV Cabo Branco nesta terça-feira (30), a diretora executiva da Defesa Agropecuária na Paraíba, Girlene Alencar, disse que após o encontro foi montado um grupo de trabalho tanto com órgãos a nível federal quanto estadual e municipal, de saúde, do meio ambiente e também da agropecuária para estabelecer como proceder em casos potenciais da doença. “Esse grupo vai tomar as tratativas necessárias com relação a caso surjam novos focos, novos aparecimentos de aves mortas ou com sintomas (da gripe aviária). A gente sabe que a população está alerta e vamos ser acionados”, explicou. 

Em relação a competência dos municípios do litoral nesse processo, a diretora executiva ressaltou a importância da participação das cidades, pois como essas aves são migratórias, muitas vezes passam principalmente por regiões costeiras, como João Pessoa e Cabedelo, por exemplo. 

“São aves silvestres, que estão fazendo o trajeto migratório, e estão na costa brasileira. Os municípios costeiros têm participação importantíssima, as secretarias de meio ambiente estão fazendo parte do grupo de trabalho, para que a gente defina que medidas tomar quando a população encontrar essas aves”, disse.  

Também de acordo com a gerente executiva, a orientação para população que encontrar essas aves mortas é de que órgãos oficiais sejam acionados prontamente. “Orientação é acionar esses órgãos oficiais, de meio ambiente, de saúde ou de agropecuária, de cada cidade. Procurar Ibama, Sudema, secretarias municipais de meio ambiente, entre outros”. 

Os únicos registros de aves que potencialmente poderiam ter a doença, segundo Girlene Alencar, aconteceram somente com as aves de Intermares, que posteriormente tiveram resultado negativo para a doença. 

“Até agora a defesa agropecuária foi acionada apenas para o caso de Intermares, essas cinco aves, que eram quatro mortas e uma ainda com vida. Foi delas que a gente coletou material e saiu o resultado negativo”, ressaltou. 

Também foi informado que boletins semanais, através de coletivas de imprensa, serão feitos para informar a situação de monitoramento dessas aves para a população. 

Emergência Zoossanitária

Em 22 de maio, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência zoossanitária por 180 dias por causa da gripe aviária. Essa estado é declaro sempre que há um risco de uma doença oriunda de um animal se propagar rapidamente. Ao declarar emergência zoossanitária, o governo consegue agilizar processos para combater a doença. Exemplos: reduz a burocracia para conseguir comprar equipamentos ou deslocar servidores de um estado para o outro. Até o momento, não há diagnósticos da doença entre humanos ou em aves para consumo, somente em aves silvestres no estado do Rio de Janeiro e também no Espirito Santo.

Gripe aviária pode ser contraída por seres humanos?

A resposta é sim. Isso acontece quando uma pessoa tem contato direto com as secreções de um animal infectado com a H5N1, esteja ele vivo ou morto. É por isso que o Ministério da Agricultura orienta para que as pessoas não peguem em aves doentes ou mortas. Não há registros de contaminação de gripe aviária a partir do consumo de frango ou ovo, ou de manipulação da carne de um animal infectado, reforça o Ministério da Agricultura e Pecuária.
*com informações de g1
Imagem

Jornal da Paraíba

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