ESPORTES
Amazonas x Botafogo-PB: que Mota proteja o Belo de todo o mal
Crônica do empate em 0 a 0 pela sétima rodada da Série C do Campeonato Brasileiro 2023, por Phelipe Caldas.
Publicado em 08/06/2023 às 17:44 | Atualizado em 08/06/2023 às 18:05
Mota!
O nome basta.
E é ideal para a posição de goleiro.
Raro caso em que apelidos são desnecessários.
Porque não precisa apelar para lugares-comuns como “paredão”, “arqueiro”, “muralha”.
Mota basta, já disse!
Porque Mota é justamente isso.
É expressão que tem origem provável em tempos pré-romanos, nascida em meio aos conflitos da época, dos usos e costumes de tempos instáveis, que remete a um conjunto de muros, torres ou fossas que defendiam uma fortificação. Em outro sentido possível, remete àquele que habita uma casa fortificada.
Pegando emprestado esses sentidos originais e adaptando a novos contextos, portanto, Mota, o goleiro, torna-se a mais potente harmonia entre nome e posição em um campo de futebol.
A linha de defesa definitiva e derradeira, que garante a pretensa instransponibilidade da coletividade, que torna possível a vitória a partir da simples impossibilidade de derrota.
Bem, como o botafoguense já sabe, nem sempre a vitória vem. Mas, ao menos por ora, a invencibilidade segue firme. E Mota sem dúvida alguma é um dos principais responsáveis por esse momento que o time pessoense vive na Série C.
Como é importante uma defesa sólida. Pouco a pouco, superar o trauma dos acréscimos. Cada vez mais, sonhar com aquilo o que antes ninguém ousava imaginar.
Mota foi o grande nome do jogo contra o Amazonas, pela sétima rodada da terceira divisão. Segue sendo importante peça do Belo na competição.
Firme, forte, convicto, bem posicionado, estrategicamente movimentado a cada nova investida adversária.
Pode não ser suficiente, é sabido.
Afinal, a história da humanidade mostra – na guerra e no futebol – que nenhuma linha de defesa é totalmente invencível.
Mas, certamente, torna-se menos imprudente sonhar quando se tem um Mota a defender aquilo que de mais caro tem ao torcedor: a meta do próprio gol.
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