Com expansão apenas na maquete, Parque do Povo registra mais uma vez superlotação

As cenas registradas no último sábado, quando dezenas de pessoas 'invadiram' uma das entradas no Parque do Povo, em Campina Grande, não surpreendem ninguém. Há anos é flagrante que o local da festa é incapaz de receber todos os milhares de forrozeiros da Paraíba e de outros Estados brasileiros que visitam o espaço.

Há anos, também, as gestões municipais falam e apresentam projetos para ampliar a área. Mas nenhum deles, até agora, saiu do papel.

O último, apresentado ano passado pelo prefeito Bruno Cunha Lima, previa a desapropriação de uma área residencial próxima ao Parque; além da requalificação da área do Açude Novo. As mudanças seguem apenas em maquetes.

Por enquanto o Parque do Povo continua o mesmo de décadas atrás. Este ano com uma capacidade de pouco mais de 57 mil pessoas.

É urgente projetar e executar a ampliação da área. A festa, conhecida em todo o país e construída ao longo dos últimos 40 anos, não pode mais ter a imagem arranhada por cenas como as registradas sábado. Episódios, claro, que colocam em risco também a integridade física de quem vai ao Quartel General do Forró.

O Maior São João do Mundo precisa ser prioridade. E a ampliação de sua principal área é a demanda número um a ser solucionada. Para isso é necessário colocar ideias em prática. Promessas e maquetes, sozinhas, não resolverão o problema.

Em tempo

O modelo adotado pela prefeitura, de PPP, iniciado com o ex-prefeito Romero e aprimorado por Bruno, tem trazido bons frutos para a cidade. Evita os excessivos gastos públicos com o evento. Este ano a estrutura do Parque do Povo está elogiável.