Superlotado: prefeitura de Campina Grande vai desapropriar imóveis para ampliar Parque do Povo

Praticamente todo fim de semana e em alguns dias da semana, com atração muito popular, o Parque do Povo, em Campina Grande, fica superlotado. Há alguns anos é assim.

Críticos do modelo deste ano têm atribuído o problema ao aumento do espaço vendido pela empresa organizadora, na frente do palco. Esse não é o problema central. A questão é muito maior e já dá sinais há mais tempo.

Ano passado, quando o problema já havia sido detectado, o prefeito de Campina Grande anunciou a ampliação do espaço com a interligação do PP ao Açude Novo. Um ano depois, como não aconteceu, o problema de lotação, 'invasão' da área dos shows, repetiu-se.

Ontem (12), em coletiva ao lado do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, Bruno Cunha Lima (PSD) lembrou que o túnel em direção ao açude será aberto ainda este ano porque a licitação será feita mês que vem. A ideia é colocar para a parte de cima a cidade cenográfica e os restaurantes.

"Pra não dizer que é uma proposta futura, a licitação acontece, agora, dia 22 do próximo mês. Esse é um investimento com recursos próprios da prefeitura", destacou.

O palco voltaria para a parte de baixo, mais próximo do Açude Velho. Mas não pode ser uma simples adequação.

Por isso, a prefeitura terá que "correr" também para conseguir desapropriar imóveis que ficam em um dos lados do PP. Numa área onde, na edição deste ano, estão os restaurantes da cidade cenográfica e o palco menor (veja ilustração em foto abaixo).

Meio quarteirão, fazendo um formato de L, entre as ruas Major Belmiro e a João Moura. E nós fizemos o levantamento e estamos com o decreto de desapropriação pronto, numa área que representa 7,5 mil m² a mais na área do PP (...) Nós estamos falando de uma área que vai permitir o acréscimo de mais 30 mil pessoas", explicou o gestor.

De acordo com os gestor, as duas intervenções vão aumentar o espaço da festa em cerca de 40 mil m². No total, serão mais de 95 mil m².

A prefeitura se apressa porque, no último fim de semana, os portões foram fechados por causa da superlotação, mas a polícia e os seguranças não conseguiram conter a população. O espaço foi invadido. Houve tumulto e confusão. Por muito pouco,  não vimos uma tragédia.

O anúncio é, claro, a tentantiva de dar respostas, mas com solução para próximo ano.

Para os próximos dias, como o espaço atual, também será preciso encontrar uma maneira de evitar as cenas que foram registradas abaixo.