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Conheça as dores associadas ao câncer e como é possível controlá-las

Médico da dor Humberto Arcoverde alerta que as dores associadas ao câncer podem ser tratadas e controladas, garantindo qualidade de vida ao paciente

Publicado em 07/07/2023 às 10:43


                                        
                                            Conheça as dores associadas ao câncer e como é possível controlá-las

A dor costuma ser um dos maiores medos dos pacientes com câncer. De fato, é comum e esperado que, em algum momento, seja antes do diagnóstico ou durante o tratamento, a pessoa sinta dor. Porém, isso não significa que as dores associadas à doença não possam ser controladas.

O anestesiologista Humberto Arcoverde, médico da dor, explica que as dores afetam significativamente a qualidade de vida dos pacientes com câncer e podem ser provocadas pela própria doença ou pelos efeitos colaterais do tratamento. “Infelizmente, a dor oncológica ainda é subtratada no Brasil. É um engano pensar que a pessoa com diagnóstico de câncer está sentenciada a sentir dor, pois, com a ajuda de um especialista, existem várias opções de tratamento disponíveis, incluindo medicamentos, terapia física e abordagens complementares, como acupuntura e massagem”, esclarece o médico.

O anestesiologista destaca que é fundamental que o médico identifique o tipo e a causa da dor, uma vez que diferentes dores requerem tratamentos diversos. Com isso, Humberto elencou os principais tipos de dores que o paciente com câncer pode enfrentar:

Dor nos nervos

Também chamada de dor neuropática, é causada por danos nos nervos ou na medula espinhal. Também pode estar associada à pressão causada por um tumor cancerígeno no nervo ou um grupo de nervos. Costuma ser descrita como uma sensação de dormência, queimação ou formigamento na pele.

Em alguns casos, quando é necessário tratamento cirúrgico para o câncer, os nervos podem ser cortados durante o procedimento e demoram a cicatrizar e crescer novamente. Por isso, a dor neuropática pode persistir por muito tempo após a cirurgia. Ela também pode acontecer após outros tratamentos como radioterapia ou quimioterapia.

Dor nos ossos

A dor óssea pode acontecer quando a doença se dissemina para os ossos ou como efeito colateral dos medicamentos utilizados no tratamento do câncer.

Dor fantasma

A dor fantasma acontece quando uma parte do corpo é removida cirurgicamente, mas continua a causar dor. Por exemplo, quando após a mastectomia aquela mama que foi retirada continua a doer, mesmo sem existir mais. Esse tipo de dor fantasma é real e bastante comum, sendo muitas vezes descrita pelos pacientes como insuportável.

Dor cirúrgica

Os cânceres que geram tumores sólidos podem necessitar de tratamento cirúrgico e, dependendo do tipo de cirurgia, é esperado que haja dor. As dores causadas por esse tipo de procedimento podem durar dias ou semanas, dependendo do tipo ou extensão da intervenção.

Dor causada por outros tratamentos oncológicos

Em alguns casos, os efeitos colaterais da quimioterapia ou radioterapia podem causar dor. É importante atentar para isso, pois as dores que não são bem gerenciadas e cuidadas podem causar a suspensão do tratamento.

Feridas na boca, mucosite e outras lesões

Os tratamentos oncológicos ainda podem gerar outros tipos de dores ao paciente, como as feridas na boca, muitas vezes provocadas pela quimioterapia, que podem impedir que a pessoa consiga se alimentar corretamente. Além disso, a radioterapia pode gerar  queimaduras cutâneas, mucosite (aftas) e cicatrizes, que podem provocar dor.

O médico da dor Humberto Arcoverde chama atenção também para a intensidade das dores associadas ao câncer, que podem ser agudas ou crônicas. “A dor aguda geralmente está associada a uma lesão e tende a durar pouco tempo, como, por exemplo, quando o paciente sente dor causada por uma cirurgia”, esclarece.

“Já as dores crônicas são um pouco diferentes, pois permanecem por muito tempo após a lesão ou o término daquele tratamento, e variam de intensidade, podendo ser classificadas como leves até graves”, pontua.

O  anestesiologista alerta que seja qual for a dor associada ao câncer que a pessoa sinta, é importante conversar com um médico e encontrar uma abordagem que funcione para ela. Só assim será possível identificar o melhor tratamento e então garantir que aquele paciente possa viver essa fase com qualidade de vida.

“Ninguém deve sentir vergonha ou medo de falar que está sentindo dor, pois ela pode interferir na eficácia e andamento do tratamento de câncer. Além disso, há especialistas prontos para atender e tratar esses casos, então não se acostume a viver com dor, pois a vida fica mais leve sem ela”, conclui Humberto.

Para os interessados, mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (83) 9400-3535 ou pelo perfil no Instagram @drhumbertoarcoverde.

Humberto Arcoverde Viana Coelho - CRM-PB 7598

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