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VIDA URBANA

Estoque zerado da vacina BCG coloca crianças em risco em JP

Falta vacina desde o início do mês em João Pessoa. Em Campina Grande, a reserva está pela metade e a previsão é que as doses acabem em toda Paraíba.

Publicado em 19/03/2015 às 7:31 | Atualizado em 19/02/2024 às 11:08

O estoque da vacina contra as formas graves da tuberculose, a BCG, está zerado em João Pessoa desde o início deste mês, reduziu pela metade em Campina Grande e a previsão é que acabe em toda a Paraíba. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o Estado possui uma demanda de 40 mil doses por mês, no entanto em janeiro recebeu apenas sete mil, e no mês passado nenhuma dose foi enviada pelo Ministério da Saúde (MS) ao Estado. A SES reconheceu a preocupação com o problema, mas destacou que a previsão é que o abastecimento seja normalizado ainda no fim deste mês.

Somente na capital, de acordo com a coordenadora do Setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Chiara Dantas, a média necessária para garantir a vacinação de todos os recém-nascidos é de duas mil doses por mês. Apesar disso, essa não foi a quantidade recebida nos últimos meses, o que fez com que um sistema de agendamento fosse pensado enquanto ainda tinha a vacina nas maternidades.

“Primeiro nós centralizamos a aplicação das vacinas nas maternidades, onde orientamos que se agendasse um número de dez crianças para serem vacinadas assim que uma ampola fosse aberta, porque cada uma rende dez aplicações e se essas não forem feitas num período de seis horas a vacina perde seu efeito. Essa é uma perda técnica com a qual trabalhamos, mas que tentamos minimizar. Só que isso foi enquanto tinha, agora estamos mandando as crianças para casa sem a vacinação”, declarou.

Chiara destacou a preocupação com o problema mediante a importância da vacina e relatou as orientações que estão sendo repassadas aos pais. “A orientação agora está sendo para que os pais evitem expor as crianças, porque elas estão sensíveis e mais suscetíveis a serem contaminadas pela tuberculose, devido à fragilidade do seu sistema imunológico. Nós estamos preocupados, mas não podemos fazer nada porque nossos estoques estão vazios”, disse, acrescentando que agentes de saúde ficarão em contato com os pais para informar quando houver o reabastecimento, bem como haverá um chamamento para a vacinação. “E em áreas em que não se tenha agentes de saúde pedimos que os pais entrem em contato para saber quando ela chegará”, orientou.

O problema do desabastecimento, que chegou a zerar todos os estoques das unidades de saúde de João Pessoa, é nacional, de acordo com a chefe do Núcleo de Imunização da SES, Isiane Queiroga, e começou a ocorrer no fim do ano passado, quando o Estado começou a receber pouco menos do que solicitado ao MS. Ela explicou que a SES não possui nenhum estoque extra e o que tinha foi encaminhado no início do mês para os municípios. A justificativa para o desabastecimento pelo MS, conforme Queiroga, seriam problemas na produção dos imunobiológicos. “Nós recebemos um comunicado do Ministério da Saúde que data de 30 de janeiro informando que haveria um atraso na produção e envio por parte do laboratório produtor”, explicou.

Isiane Queiroga afirmou que não há como precisar em que municípios ainda há a vacina ou se todos os estoques do Estado estão zerados, contudo ela destacou que, na rotina dos serviços de saúde, a BCG pode ser aplicada até os cinco anos de idade. “A vacina deve ser administrada o mais precocemente possível, preferencialmente nas maternidades, porém na rotina dos serviços de saúde ela é disponibilizada para crianças menores de 5 anos ainda não vacinadas”, disse, lembrando que esta deverá ser uma situação passageira. “A previsão para normalização, segundo o MS, é no final do mês de março”, completou.

ABASTECIMENTO DE VACINA
A vacina BCG – Bacillus Calmette-Guérin – é a principal proteção contra as formas mais graves da tuberculose e deve ser aplicada logo nas primeiras horas de vida;

Na rotina dos serviços de saúde, a BCG é disponibilizada para crianças menores de 5 anos ainda não vacinadas;

A PB tem demanda de 40 mil doses por mês;

Em janeiro, o Estado recebeu apenas 7 mil doses. Já em fevereiro nenhuma dose foi enviada;

A capital necessita de 2 mil doses por mês para garantir a vacinação de todos os recém-nascidos;

Em CG foram solicitadas 2 mil vacinas para suprir a demanda da 3ª Gerência Regional de Saúde, mas apenas mil foram entregues

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Jornal da Paraíba

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