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CONVERSA POLÍTICA

Líder da oposição critica projeto do governo que aumenta alíquota do ICMS de 18% para 20%

A proposta tramita na Casa desde o dia 18 de setembro e ainda não passou pelas comissões para votação em plenário. Mas deve ser votado em regime de urgência para começar a valer no início do ano que vem. 

Publicado em 26/09/2023 às 9:11 | Atualizado em 26/09/2023 às 18:17


                                        
                                            Líder da oposição critica projeto do governo que aumenta alíquota do ICMS de 18% para 20%
AlberiPontes

O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba, Walber Virgolino (PL), criticou o projeto de lei enviado pelo governo do estado à Casa que prevê o aumento da alíquota do ICMS de 18% para 20%, a partir do ano que vem.

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é a principal fonte de recursos próprios do governo.

A proposta tramita na Casa desde o dia 18 de setembro e ainda não passou pelas comissões para votação em plenário. Mas deve ser votado em regime de urgência para começar a valer no início do ano que vem.

Ao Conversa Política e à CBN Paraíba, Wallber afirmou que o aumento é um "absurdo", inclusive, porque o governador João Azevêdo (PSB), na campanha de 2022, prometeu não aumentar tributos.

Uma falta de respeito do governador e do governo para com o povo da Paraíba, sobretudo para com a classe empresarial.  O governador na campanha prometeu não aumentar tributos, impostos. Na verdade, prometeu reduzir e isentar alguns, afirmou Wallber à CBN Paraíba.

Wallber destaca que a medida vai atingir, principalmente, a classe empresarial e impactar na geração de emprego. "Nós sabemos que o governo do estado, ele pratica aquela política do empreguismo. Toma lá da casa e troca de favores com prefeitos, vereadores, deputados, lideranças e outras lideranças. E agora ele não tem de onde tirar o dinheiro, vai aumentar o ICMS, vai terminar de matar a classe empresarial. A classe empresarial, em vez de gerar emprego, gera renda, vai andar para trás. Então o desemprego vai bater a porta do paraibano, o atraso em todos os setores, principalmente os setores produtivos", argumentou.

Para ele, a situação é gravíssima e vai, dentro da Assembleia, tentar, junto com os demais deputados, barrar a inciativa. "O governo do estado trata mais uma vez o empresário como inimigo, como bandido nesse estado", cravou.

Confira do ICMS na íntegra

Justificativas no projeto

Na justificativa, o governador João Azevêdo afirmou que tem mantido a alíquota em 18% como medida de justiça social e sensibilidade, mas que é preciso recompor as perdas de arrecadação com a mudança da sistemática de cálculo do ICMS incidente sobre combustíveis trazida pela Lei Complementar 192/22.

Segundo João Azevêdo, praticamente, todos os estados do Nordeste fizeram a alteração de suas alíquotas modais. "A alteração da alíquota modal, muito mais do que uma política de governo, é uma política de estado, visando à manutenção das receitas estaduais para gestões futuras".

Outro argumento apresentado pelo governador, diz respeito à Reforma Tributária, ainda em tramitação no Congresso Nacional. Segundo ele, “a arrecadação dos estados será distribuída de acordo com a participação PROPORCIONAL à receita média de cada ente federativo entre 2024 e 2028, devendo ser considerada, no caso dos estados, a arrecadação do ICMS após o repasse aos municípios”.

No projeto, o governo lembra que os gêneros alimentícios de primeira necessidade não terão a alíquota reajustada.

Outras mudanças

O projeto enviado pelo governador pretende, também, reduzir a multa por infração (punitiva) à legislação tributária do ICMS do atual percentual de 100% para 75%.

Também há proposta de ampliação do prazo de inscrição em Dívida Ativa em 60 dias por parte da Procuradoria Geral do Estado.

Imagem ilustrativa da imagem Líder da oposição critica projeto do governo que aumenta alíquota do ICMS de 18% para 20%

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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