Prefeitura de Mulungu é alvo de operação a pedido de CPI aberta na Câmara Municipal

Com o apoio da Polícia Militar, oficiais de Justiça cumpriram, na manhã desta quinta-feira (19), mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Mulungu, no Agreste paraibano, e na sede da Secretaria de Educação do município.

O trabalho é em decorrência de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Mulungu, que investiga irregularidades na gestão do prefeito Melquiades Nascimento (PTB) na área da educação.

Ao repórter Pedro Junior, da TV Cabo Branco, o tenente-coronel Sinval disse que a Polícia Militar de Guarabira foi convocada pelo juiz Jackson Guimarães, da comarca de Alagoinha, para dar apoio aos oficiais de justiça num cumprimento dos mandatos nos dois locais.

"Quatro guarnições, comandadas por oficiais, fizessem esse apoio. Os oficiais me passaram que a operação se desencadeou de forma tranquila. O prefeito não estava na sede e os funcionários foram atendidos de pronto sem maiores embaraço", comentou o tenente-coronel.

CPI em Mulungu

A CPI foi instaurada no começo do ano na Câmara Municipal, com o objetivo apurar as suspeitas de irregularidades no repasse dos recursos do Rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A investigação foi requerida pelo vereador Léo Moura (PTB), irmão do ex-prefeito José Leonel Moura.

A documentação apreendida na operação está sendo entregue à comissão da CPI da Câmara Municipal, que terá um prazo de até 15 dias, para analisar todo material e devolver à prefeitura e à secretaria.

Defesa do prefeito

Ao Conversa Política, a defesa do prefeito Melquíades Nascimento informou que a operação foi tão somente para entregue de documentações solicitadas pela CPI e não tem relação com nenhum investigação de órgãos de controle, como Ministério Público. "É uma ação de exibição de documentos, que foi protocolizada por vereadores de oposição. Essa documentação já foi enviada juntamente com os balancetes à Câmara Municipal", explicou o advogado Bruno Lopes.