CONVERSA POLÍTICA
Paraíba teve a maior queda nas vendas do comércio varejista do país, diz IBGE
A queda na Paraíba foi de Paraíba -26,4%, seguido de Roraima -5,0% e Amapá -4,9%. Alagoas demonstrou estabilidade (0,0%) também para este indicador.
Publicado em 09/11/2023 às 10:23 | Atualizado em 09/11/2023 às 11:35
A Paraíba teve a maior queda nas vendas do comércio varejista do país, segundo estatísticas econômicas do IBGE. Na comparação interanual, de janeiro a setembro de 2023/2022, a situação foi ruim em nove estados e positiva em 18.
A queda na Paraíba foi de Paraíba -26,4%, seguido de Roraima -5,0% e Amapá -4,9%. Alagoas demonstrou estabilidade (0,0%) também para este indicador.
Destacou-se com resultado positivo os estados do Ceará (12,1%), Tocantins (8,8%) e Maranhão (7,5%).
No acumulado do ano, a Paraíba está tem uma queda -5,9% (27° entre os estados). O Brasil está com pequeno crescimento de 1,8%.
Varejista ampliado - setembro
Já no comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, a variação em setembro de 2023 contra setembro de 2022 mostrou avanço de 2,9% com resultados positivos em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Maranhão (20,9%), Ceará (13,2%) e Espírito Santo (11,2%).
Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Paraíba (-16,3%), Roraima (-10,3%) e Mato Grosso do Sul (-8,8%).
De acordo com economista paraibano, Erik Figueiredo, que foi presidente do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, no governo Bolsonaro, a queda é explicada pela vulnerabilidade que o estado da Paraíba tem com relação às crises em outras regiões.
"A Paraíba é um estado totalmente dependente de dinâmica externa ao estado, em particular, do Sul e no Sudeste. Uma queda na atividade econômica naquelas regiões impacta diretamente os recursos enviados para a Paraíba, via FPM, política social, etc. O estado produz muito pouca riqueza, e não possui grande relevância no PIB nacional", explicou ao Conversa Política.
Atualmente, Erik é Diretor-Executivo do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, do estado de Goiás.
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