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COTIDIANO

Responsável por ONG é preso na Paraíba por tráfico de animais

Homem, que fazia parte de quadrilha que vendia animais pela internet, foi preso próximo a Puxinanã. Silvanei Medeiros está sob suspeita de tráfico internacional de cobras.

Publicado em 10/08/2011 às 17:40

Da Redação
Com G1
e PF

Um homem foi preso na Paraíba, na manhã desta quarta-feira (10), sob acusação de participar do esquema que comercializava ilegalmente animais silvestres através de um site na internet. Silvanei Medeiros era responsável pela Organização não governamental (ONG) Instituto Procaatinga e está sob suspeita de tráfico internacional de cobras.

A prisão foi efetuada pela Polícia Federal de Campina Grande, nas proximidades do município de Puxinanã. Com ele, foram apreendidos vários animais e uma arma com numeração raspada.

A prisão faz parte da Operação Arapongas, da Polícia Federal em parceria com o Ibama, que desarticulou uma quadrilha que atuava em outros seis estados, cometendo o crime de venda ilegal de animais silvestres. Ao todo, seis pessoas foram presas e 1.928 animais apreendidos.

Em coletiva realizada na tarde desta quarta na sede da PF em São Paulo, o balanço da Operação foi divulgado. Mas, os nomes das pessoas presas não foram divulgados. Além de um preso na Paraíba, foram detidos também três em São Paulo – sendo um na Capital e dois no interior –, um em Minas Gerais e um casal no Paraná.

A chefe de fiscalização do Ibama no Paraná, Maria Luiza Souza, informou que a investigação começou a partir de denúncias de que um site comercializava animais sem autorização. No entanto, para induzir o cliente ao erro, eles informavam que os bichos estavam legalizados no Ibama. Havia espécies exóticas e algumas em extinção, como a arara azul, que era oferecida no site por R$ 55 mil, representando a compra mais cara.

De acordo com a polícia, o site foi criado pelo casal preso no Paraná, na cidade de Arapongas, que deu nome à operação. “O site não é legalizado no Ibama”, disse Maria Luiza. De acordo com ela, durante a investigação, foram identificados 19 criadouros no país que forneciam os animais para que o casal os vendesse. Desse total, há pelo menos duas ONGs que tinham autorização do instituto para criar espécies para fins de pesquisa e estava aproveitando a licença do Ibama para comercializar os bichos.

“Estavam trocando os microchips, induzindo o tráfico desses animais”, contou Maria Luiza. Os criadouros estão sendo agora investigados. Bruno Barbosa, coordenador-geral de fiscalização do Ibama, informou que essa licença será cancelada. “Se eles (donos do site) não conseguiam o animal com os criadouros, iam buscar na natureza”. Ele disse que é proibido vender felinos, por exemplo. No entanto, o site oferecia uma jaguatirica por R$ 13 mil.

De acordo com a PF, os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de fauna, tráfico de animais silvestres nativos, estelionato, sonegação fiscal, falsidade ideológica e biopirataria, entre outros.

Atualizada às 18h52.

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Jornal da Paraíba

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