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Em um futuro pós-nuclear, a justiça nas metrópoles apinhadas de gente é feita através de oficiais que detêm o meliante e efetua a sentença na mesma hora – inclusive a pena capital –, acumulando as funções de juiz, júri e executor. Esse é o trabalho de Dredd (idem, EUA, Reino Unido, Índia, 2012), protagonista da nova adaptação cinematográfica dos quadrinhos britânicos que entra em cartaz hoje, em João Pessoa.

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Pouco publicado no Brasil, o personagem é um dos mais temidos juízes de Mega City Um, uma das poucas cidades remanescentes da Terceira Guerra Mundial, que agora são divididas por Blocos (enormes prédios que servem de moradia a uma grande quantidade de pessoas). Fora das muralhas existe o que chamam de ‘Terra Maldita’, um gigantesco deserto oriundo da catástrofe nuclear que se abateu nos EUA.

Não é à toa que o poderio bélico para manter a lei se resume em uma arma chamada ‘legisladora’, que carrega o DNA de cada oficial para não funcionar se cair em mãos erradas.

No longa dirigido por Pete Travis (Ponto de Vista) é mostrado um dia específico do cotidiano de Dredd (vivido por Karl Urban, o Dr. McCoy do novo Star Trek), quando ele é encarregado de treinar uma candidata a juíza com poderes psíquicos, Cassandra Anderson (Olivia Thirlby, de Juno).

Na ronda com a nova parceira, um crime hediondo os leva a um bairro onde a maioria dos juízes não ousa entrar. O local é controlado pela ex-prostituta Ma-Ma (Lena Headey, a rainha espartana de 300), que virou traficante de uma poderosa droga que altera as percepções do usuário. A criminosa isola os oficiais em um Bloco, onde moram centenas de seus violentos comandados, armados até os dentes.

Criado em 1977 pelo roteirista John Wagner e pelo desenhista Carlos Ezquerra para a famosa revista inglesa 2000 AD, o personagem já foi encarnado pelo brucutu Sylvester Stallone no fraco filme O Juiz (1995).

Com um Stallone no auge de sua canastrice, a produção foi um fracasso de bilheteria e desrespeitava 'dogmas' da mitologia do personagem, como ele nunca teve sua identidade visual revelada.

Como no filme V de Vingança (2006), onde não revelava o rosto do ator Hugo Weaving, Karl Urban já divulgou que o novo longa terá a 'cara de Dredd', que não tirará seu capacete.