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VIDA URBANA

Catapora faz 1,6 mil vítimas na Paraíba

Números são de 2014, mas este ano a SES já contabiliza 49 registros da doença.  

Publicado em 16/01/2015 às 6:00 | Atualizado em 29/02/2024 às 10:29

Inicialmente caracterizada por pontinhos vermelhos na pele, que em poucas horas tornam-se bolhinhas e evoluem para pústulas (bolhas de pus), a varicela, também conhecida por catapora, acometeu 1.630 paraibanos em todo o ano passado. Somente nos primeiros 15 dias deste ano, já foram contabilizados 49 casos da doença, de acordo com dados do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que descartou um possível surto da patologia.

Entretanto, segundo o setor, os dados são isolados e relatados em planilhas, uma vez que os casos não entram no sistema por não ser de notificação compulsória, que é quando há ocorrência de surto da doença. Os números de 2015 são iniciais e podem sofrer alterações, já que a SES ainda está recebendo os dados da 1ª Semana Epidemiológica enviados pelos municípios.

A chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da SES, Anna Stella, disse que a implantação da vacina, em 2013, em crianças com faixa etária de 15 meses a 2 anos de idade, refletirá a longo prazo em uma sensível diminuição dos casos, uma vez que quem já passou dos 2 anos permanece susceptível ao surgimento de novos casos. “Como medidas de prevenção, os serviços de saúde devem prestar assistência e orientar o afastamento da pessoa com varicela de alguns ambientes de convívio, como escola, creche e trabalho, por um período de 10 dias, contados a partir da data de aparecimento da vermelhidão na pele ou até que todas as lesões tenham evoluído para crosta”, afirmou.

No entanto, ela acrescentou que a cobertura vacinal de 95% nos municípios paraibanos para Tetra Viral, que corresponde à segunda dose da Tríplice Viral, prevenindo contra o sarampo, rubéola, caxumba e catapora, continua sendo a medida mais eficaz e segura para prevenir a doença.

Segundo Anna Stella, a varicela é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada pelo surgimento de uma vermelhidão em forma de pontos na pele e após algumas horas, tornam-se bolhinhas, que evolui rapidamente para pústulas (bolhas de pus) e após 3 ou 4 dias formam crostas. Febre moderada e sintomas sistêmicos acompanhados de coceira podem surgir. Em relação à faixa etária, a chefe do núcleo disse que em crianças, geralmente, é uma doença benigna e autolimitada.

Já em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais intenso.

Ao se identificar um possível caso de catapora, é necessária a orientação para adoção de medidas de higiene e controle, conforme indicou a chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas. “É importante lavar bem as mãos, fazer a higiene corporal, do ambiente e dos objetos de uso coletivo, não compartilhar objetos e utensílios de uso pessoal e não coçar as lesões. Em casos de sintomas mais intensos, se faz necessária uma avaliação médica para prescrição da medicação mais adequada e alívio dos mesmos”, orientou.

Anna Stella destacou que embora a SES realize o trabalho permanente de monitoramento de catapora, acompanhando e orientando os profissionais de saúde e vigilância em saúde para ações de prevenção e controle, as secretarias municipais de Saúde devem notificar os casos registrados em suas cidades na planilha semanal de varicela e enviar, semanalmente, para as gerências regionais de Saúde, que por sua vez, remeterão à Secretaria Estadual da Saúde.

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Jornal da Paraíba

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