COTIDIANO
Operação resulta no indiciamento de 39 pessoas por venda de habilitações
Total de 39 pessoas foram indiciadas criminalmente pela delegada Ranielle Vasconcelos. Em maio, 15 foram presas durante a Operação Medusa, em Campina Grande.
Publicado em 08/06/2011 às 11:10
Karoline Zilah
Apesar de quinze pessoas terem sido presas preventivamente em maio, um total de 39 foram indiciadas criminalmente por envolvimento num esquema de venda de carteiras de habilitação. O indiciamento foi proposto pela delegada Ranielle Vasconcelos, que concluiu as investigações provenientes da Operação Medusa, deflagrada em Campina Grande.
Na época, foram presos funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PB), despachantes e donos de centros de formação de condutores (autoescolas), todos acusados de participar de fraudes.
Os documentos eram vendidos para pessoas que não se submetiam às provas necessárias, ou tinham os resultados alterados em seu favor. Entre os compradores, havia pessoas de outros estados e até analfabetos.
De acordo com a delegada, o inquérito apontando os nomes dos acusados e as funções de cada um no esquema fraudulento foi encaminhado à 4ª Vara Criminal de Campina Grande. Caberá ao juiz Vandemberg de Freitas Rocha decidir se os indiciados responderão a processo criminal.
Cinco autoescolas de Campina Grande apontadas pelas investigações tiveram suas atividades suspensas temporariamente: VIP , Sinal Verde, Santo André, São José e Bandeirantes. Dois psicólogos servidores do Detran também foram afastados.
A operação foi deflagrada pela Corregedoria do Detran, com o apoio do Ministério Público Estadual e das Polícias Civil e Rodoviária Federal. Estima-se que 100 mil carteiras de habilitação tenham sido expedidas ilegalmente nos últimos 12 meses. Dentro deste esquema, os documentos eram vendidos por R$ 1,5 mil, o que acumularia um prejuízo de R$ 150 milhões.
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