ECONOMIA
Por que os alimentos estão mais caros? Entenda aumento da inflação
Inflação é indicada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, chamado de IPCA. No ano, o IPCA acumula alta de 1,25%, puxada pelos alimentos mais caros.
Publicado em 13/03/2024 às 8:47
Em fevereiro, a inflação no Brasil foi de 0,83%, maior que no mês de janeiro. A variação é indicada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, chamado de IPCA. No ano, o IPCA acumula alta de 1,25%. Os índices significam que houve uma alta em alguns setores, puxando o aumento em fevereiro. Para entender como o alimentos mais caros são balizadores da inflação, o Jornal da Paraíba explica como o impacto é calculado.
O que é IPCA?
O IPCA é um dos índices de inflação mais tradicionais e importantes do Brasil. O indicador mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços vendidos no varejo e consumidos pelas famílias brasileiras. Portanto, o IPCA tem o objetivo de medir a inflação.
Esse índice de preços tem como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e intenet e sua coleta estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de referência.
Por que em fevereiro a inflação aumentou?
No segundo mês do ano, os custos com educação subiram, em média, 4,98% por causa, principalmente, do aumento das mensalidades. Os alimentos mais caros, com alta de 0,95%, também pressionou os preços das refeições dentro e fora de casa.
Embora a carne tenha sofrido uma redução no preço, outros produtos que fazem parte da refeição diário do brasileiro sofreram aumento: no último mês, o preço da batata subiu quase 7%. Em um ano, o quilo da batata registrou alta de quase 43%. O calor forte e o excesso de chuva prejudicaram a colheita.
Isso fez os comerciantes reajustarem o valor da refeição. O arroz também teve uma alta expressiva de arroz 3,69%. Em um ano, o quilo da batata registrou alta de quase 43%. O calor forte e o excesso de chuva prejudicaram a colheita. A cebola, base para muitos preparos, também aumentou mais de 7%.
A alimentação fora do domicílio (0,49%) acelerou em relação ao mês de janeiro (0,25%). O subitem refeição (0,67%) teve variação superior à observada no mês anterior (0,17%), enquanto o lanche (0,25%) desacelerou.
O aumento é normal?
Os alimentos mais caros é algo que acontece sazonalmente: no verão, alimentos in natura têm queda natural de oferta, o que empurra os preços para cima.
Além disso, o El Niño intensificou as variações climáticas e criou dificuldades de colheita, trazendo um prejuízo extra aos preços.
Entre os produtos, a cenoura, a batata-inglesa, o arroz (6,39%) e as frutas foram os destaques do IBGE para o mês.
Os preços vão baixar?
A expectativa é que a chegada do outono e um alívio do El Niño possam controlar os preços de alimentos in natura adiante.
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