COTIDIANO
Mentor da 'Barbárie de Queimadas' é preso no RJ mais de 3 anos após fugir de presídio de segurança máxima
Eduardo dos Santos, mentor do estupro coletivo de cinco mulheres e assassinato de duas, foi preso em 2012, condenado a 108 anos em 2014 e estava foragido desde 2020.
Publicado em 19/03/2024 às 10:36 | Atualizado em 19/03/2024 às 12:27
O mentor da 'Barbárie de Queimadas', Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão, foragido desde 2020, foi preso nesta segunda-feira (19), em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. A informação é da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) da Polícia Civil da Paraíba, que disse ainda que Eduardo foi preso em uma casa alugada e, no momento da prisão, estava sozinho.
- Relembre a Barbárie de Queimadas.
O crime aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2012, em Queimadas e foi articulado pelos irmãos Eduardo e Luciano dos Santos Pereira. Os dois, junto com outros oito homens, dos quais três eram adolescentes, convidaram Michelle Domingues, Isabela Pajuçara e outras três mulheres para a festa de aniversário de Luciano. Quatro dos homens invadiram a festa mascarados e simularam um assalto. As cinco mulheres foram violentadas sexualmente por todos os homens. Isabella e Michelle reconheceram as vozes dos irmãos e conseguiram ver os rostos deles, motivos pelos quais teriam sido assassinadas.
Eduardo estava foragido há mais de três anos da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa, conhecida como PB1. Ele foi condenado a 108 anos e dois meses de prisão, considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. Por estes crimes, ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, ele recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal de um dos adolescentes envolvidos no crime.
Em 2020, ano da fuga, Eduardo trabalhava na cozinha do PB1. Era por volta das 20h quando um policial penal esqueceu um molho de chaves no local onde o detento trabalhava. Eduardo pegou as chaves, abriu o almoxarifado e saiu pela porta lateral do presídio.
Segundo Tércio Chaves, o policial penal que teria esquecido as chaves foi indiciado, mas o Ministério Público da Paraíba (MPPB), até agora, não ofereceu denúncia contra ele.
Dos dez homens envolvidos na noite do estupro coletivo e feminicídio de duas mulheres – a professora Izabella Pajuçara e a recepcionista Michele Domingos – apenas um permanece preso em regime fechado, segundo o advogado da família de Izabella.
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