VIDA URBANA
Família paraibana das vítimas de chacina na Espanha será recebida por embaixador
Assassinato completou um ano e o sobrinho, réu confesso, ainda não foi julgado pela justiça espanhola.
Publicado em 25/09/2017 às 12:56
Parentes de Marcos Nogueira, assassinado junto com a mulher, Janaína Santos, e dois filhos do casal na 'Chacina de Pioz', em setembro do ano passado, serão recebidos na tarde desta segunda-feira (25) pelo embaixador espanhol, Fernando Villalonga, e o consul da Espanha para o Nordeste, Gonzalo Fournier. O encontro vai ocorrer no casa da mãe da vítima, no bairro do Bessa, em João Pessoa.
Walfram Campos, irmão de Marcos Nogueira, disse que conta com a solidariedade do governo espanhol para que seja feita justiça no caso, que devastou a sua família. "O cônsul e o embaixador vêm para prestar solidariedade a minha família e para dar um reforço junto ao governo do estado sobre o processo que está com um andamento muito lento e a Espanha não pode definir o processo de Patrick até que cheguem as provas solicitadas", afirma.
Fernando Villalonga, que está em João Pessoa para participar da solenidade de pré-embarque dos alunos do programa Gira Mundo Espanha, disse que o encontro tem como propósito renovar as condolências aos parentes e reiterar o esforço do país em fazer justiça. “É o reconhecimento do povo espanhol com essa família que sofreu muito. Estou seguro que vaiu se fazer justiça na Espanha, mas também no Brasil”, assegurou.
Patrick Gouveia, sobrinho de Marcos, confessou ter assassinado a família por 'ódio incontrolável'. Foto: Arquivo
Chacina de Pioz
O assassinato coletivo de Marcos Nogueira, a mulher, Janaína Santos Américo, e os dois filhos do casal completou um ano no dia 18 de setembro do ano passado. Eles foram encontrados mortos e esquartejados em um chalé na Espanha por François Patrick Nogueira Gouveia, sobrinho de Marcos, que se entregou à polícia da Espanha e confessou no dia seguinte.
Os corpos dos paraibanos foram encontrados pela polícia após um vizinho 'que percebeu o odor' vindo da residência. Inicialmente a Guarda Civil espanhola trabalhou com a possibilidade de ajuste de contas. Porém, com o avançar das investigações, descartou-se essa tese e, 15 dias após a descoberta dos corpos, o caso foi dado como encerrado.
Patrick Gouveia foi apontado como único suspeito, após a polícia achar material genético dele no local do crime. Após se entregar na Espanha, Patrick se limitou a afirmar que “sentiu uma ódio incontrolável e uma vontade de matar”.
Após investigações, a Polícia Civil da Paraíba anunciou a prisão de um segundo suspeito de envolvimento nas mortes. Marvin Henriques Correia, amigo de Patrick Gouiveia, teria auxiliado o acusado durante todo o crime através do Whatsapp.
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