CONVERSA POLÍTICA
Mulheres são maioria do eleitorado em mais de 170 cidades da Paraíba; saiba quais
Dados da Justiça Eleitoral revelam que quase 77,13% há mais eleitores mulheres do que homens.
Publicado em 01/08/2024 às 11:14 | Atualizado em 01/08/2024 às 17:13
Dados das Eleições Municipais de 2024 divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que dos 223 municípios paraibanos, apenas 51 têm a proporção maior entre eleitores homens em relação às mulheres.
A distribuição geográfica do eleitorado revela que em 77,13% há mais eleitores mulheres do que homens. Uma proporção maior que a brasileira, que chega a 62%.
Em contraste, 22,86% dos municípios paraibanos têm a maioria de homens votantes. No país esse percentual é de 38%.
Em João Pessoa, a diferença é de 19% a mais de mulheres em relação aos homens. São 253.018 eleitores e 313.272 eleitoras. Patos, no Sertão paraibano, vive situação parecida com as mulheres superando o eleitorado em 18%.
Bayeux, na região Metropolitana de João Pessoa se destaca com a maior diferença percentual no eleitorado, onde a população feminina supera a masculina em cerca de 13%. Seguem-se Campina Grande e Santa Rita, com diferenças de 17% e 11%, respectivamente.
Em contraste, há dois municípios que mostram uma situação um pouco diferente, com proporções quase equilibradas ou ligeiramente favoráveis aos homens. Joca Claudino e Damião tem apenas dois homens a mais do que mulheres. Em Imaculada, ao contrário, há quatro eleitoras a mais do que eleitores; e em Cuturité três a mais.(confira tabela completa ao final da matéria)
Sub-representatividade da mulher
Esses números refletem a importância das mulheres no processo eleitoral, um desafio de mudança para as Eleições 2024, já que as mulheres seguem sub-representadas nos processos decisórios.
Dados do TSE mostram que em 2016 os paraibanos elegeram 39 prefeitas. Quatro anos depois, em 2020, esse quantitativo foi reduzido para 37 - apenas 16,5% do total de municípios do Estado, embora apenas 15,5% das eleitoras paraibanas deixaram de votar.
Com o avanço das políticas de inclusão, o trabalho didático desempenhado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba em relação à punição a fraudes à cota de gênero, pode tornar possível construir um cenário político mais equilibrado e representativo para o futuro.
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