COTIDIANO
Sobrinha de pediatra suspeito de estuprar criança diz ter sido abusada por ele na infância
Abuso teria acontecido em 1991, quando sobrinha tinha nove anos.
Publicado em 07/08/2024 às 16:45
Uma sobrinha do pediatra suspeito de estuprar criança de nove anos, durante consulta, em João Pessoa, relatou à TV Cabo Branco que também foi abusada por ele na infância. Gabriela Cunha Lima tem atualmente 42 anos, e o caso teria ocorrido quando ela tinha nove, em 1991, na casa do médico denunciado, identificado como Fernando Cunha Lima.
À TV Cabo Branco, a defesa do pediatra disse que só irá se posicionar após o depoimento dele à Polícia Civil, que deve acontecer nesta quinta-feira (8). Gabriela foi até a Delegacia de Crimes Contra a Infância e Juventude nesta quarta-feira (7) para formalizar a denúncia.
Nesta quarta-feira (7), Gabriela Cunha Lima conversou com a TV Cabo Branco após a denúncia ter vindo à tona. Ela relatou que na época, não houve uma denúncia formal, mas que o fato ocasionou um rompimento familiar.
A mulher conta que na infância a família tinha o costume de passar férias na casa de praia do médico, em João Pessoa. Em uma dessas ocasiões, ela foi chamada pelo pediatra e tio para ir até o quarto dele. Quando chegou no local, foi abusada pelo homem.
“Ele me chamou no quarto dele, baixou as calças dele, pediu pra eu fazer atos sexuais com a mão, depois baixou a minha calça, colocou os dedos e pediu para eu não contar isso a ninguém".
Por dois anos, Gabriela Cunha Lima guardou o segredo da família, tendo contado apenas para uma prima que estava na casa no dia do ocorrido.
A família não denunciou na época, por isso, Gabriela diz estar feliz porque os pais da outra suposta vítima decidiram fazer uma denúncia.
“Hoje é o dia mais feliz da minha vida e não porque ele fez mais uma vez, mas porque o mundo está sabendo, porque esses pais falaram”.
CRM-PB abriu sindicância
O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) abriu, nesta quarta-feira (7), uma sindicância sobre o caso.
Segundo o presidente, Bruno Leandro, à TV Cabo Branco, o conselho recebeu uma denúncia formal, por meio do advogado da família da vítima.
Ainda conforme informações do presidente do CRM-PB, as sindicâncias normalmente demoram 90 dias em fase de apuração, mas, pela gravidade da denúncia, haverá uma celeridade.
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