COTIDIANO
Médico pediatra suspeito de abuso sexual é afastado da APAE
O médico ocupava um cargo na direção da instituição que atende pessoas com deficiência intelectual e múltipla.
Publicado em 07/08/2024 às 21:24
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de João Pessoa (APAE) afastou, nesta quarta-feira (7), o médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima de suas funções como membro da diretoria da instituição. O homem é investigado suspeito de estuprar uma menina de 9 anos dentro do próprio consultório durante uma consulta no dia 25 de julho, em João Pessoa.
Em nota divulgada nas redes sociais, a associação afirma que realizou uma reunião extraordinária nesta tarde com a diretoria executiva e o conselho de administração, que decidiu por unanimidade pelo afastamento do médico. A APAE é uma instituição que atende pessoas com deficiência intelectual e múltipla e suas famílias.
Ainda de acordo com a nota da APAE, o investigado não atuava como médico no local desde 2022 e que, enquanto profissional voluntário, realizava consultas exclusivamente na presença de familiares e membros especializados da equipe multiprofissional.
À TV Cabo Branco, a defesa do pediatra disse que só irá se posicionar sobre as denúncias após o depoimento dele à Polícia Civil, que deve acontecer nesta quinta-feira (8).
CRM-PB abriu sindicância
O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) abriu, nesta quarta-feira (7), uma sindicância sobre o caso.
Segundo o presidente, Bruno Leandro, à TV Cabo Branco, o conselho recebeu uma denúncia formal, por meio do advogado da família da vítima.
Ainda conforme informações do presidente do CRM-PB, as sindicâncias normalmente demoram 90 dias em fase de apuração, mas, pela gravidade da denúncia, haverá uma celeridade.
Sobrinha do médico também denunciou abuso
Uma sobrinha do pediatra relatou à TV Cabo Branco que também foi abusada por ele na infância. Gabriela Cunha Lima tem atualmente 42 anos, e o caso teria ocorrido quando ela tinha nove, em 1991, na casa do médico denunciado.
Gabriela foi até a Delegacia de Crimes Contra a Infância e Juventude nesta quarta-feira (7) para formalizar a denúncia. Nesta quarta-feira (7), ela conversou com a TV Cabo Branco após a denúncia ter vindo à tona. A mulher relatou que na época, não houve uma denúncia formal, mas que o fato ocasionou um rompimento familiar.
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