COTIDIANO
Polícia pede prisão preventiva de pediatra suspeito de estupros de crianças
Publicado em 09/08/2024 às 13:13
A Polícia Civil pediu, nesta quinta-feira (8), a prisão preventiva de Fernando Paredes Cunha Lima, pediatra suspeito de estupros de vulneráveis. O pedido deve ser analisado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).
A delegada Isabel Bezerra considerou os últimos acontecimentos sobre o caso, como depoimentos de mães de pacientes e familiares do pediatra que também relataram situações de abuso cometidos pelo médico.
Ao todo, seis mulheres já formalizaram denúncias de abusos contra Fernando Cunha Lima. As denunciantes são três mães de pacientes do pediatra, incluindo a mãe da menina de 9 anos que fez a primeira acusação formal, e duas sobrinhas dele. Ele não compareceu para dar depoimento à polícia porque passou mal e foi internado.
Conforme o delegado Cristiano Santana, os depoimentos possuem "muitas convergências entre si".
O delegado conta que, em geral, e ainda de acordo com os diferentes depoimentos colhidos, o médico costumava agir no consultório, durante atendimentos e exames de rotina, com a mãe da vítima presente ao local, mas aproveitando algum momento de distração.
"A dinâmica era muito parecida. Existem similaridades entre os casos", completa.
A denúncia
A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho e foi tornada pública nesta quarta-feira (7).
A mãe da criança de 9 anos, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança. Ela informou que na ocasião imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil.
Com a repercussão do caso, uma sobrinha do suspeito revelou que também foi abusada quando também tinha 9 anos, na década de 90, assim como suas duas irmãs. As denúncias, assim, indicam que os crimes aconteceriam há pelo menos 33 anos, já que o relato de uma das sobrinhas fala de um estupro que teria sido cometido em 1991.
O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) informou nessa quarta-feira (7) que abriu uma sindicância para apurar o caso.
A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do qual Fernando Cunha Lima era diretor, decidiu suspendê-lo e afastá-lo de suas funções diretivas.
A Sociedade Paraibana de Pediatria disse que acompanha a apuração dos fatos pela polícia e pelo CRM.
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