SAÚDE
Cirurgias são suspensas na maternidade de Bayeux após inspeção do MPPB e Agevisa
A suspensão aconteceu por falta de materiais de limpeza adequados.
Publicado em 16/10/2024 às 18:16 | Atualizado em 17/10/2024 às 8:32
Os procedimentos e as cirurgias foram suspensos na tarde desta quarta-feira (16) no Hospital Materno-Infantil João Marsicano, no município de Bayeux. A ação foi cumprida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), que verificaram uma denúncia contra a unidade hospitalar.
O MPPB afirmou que os procedimentos e cirurgias foram suspensos por falta de produtos de limpeza adequados para desinfecção do bloco cirúrgico e demais áreas críticas. A lavanderia do hospital também foi suspensa pelo mesmo motivo.
Também foram constatadas irregularidades que resultaram na interdição do almoxarifado do hospital, onde, segundo o MPPB, algumas embalagens de produtos de limpeza estavam armazenadas de forma inadequada.
Foram produzidos um auto de interdição para a maternidade, outro de suspensão e a apreensão dos insumos inadequados. A Notícia de Fato também será convertida em Inquérito Civil Público para apurar as irregularidades encontradas.
Apesar da inspeção ter sido feita pelo Ministério Público e Agevisa, a Prefeitura de Bayeux informou, por meio de nota, que recebeu uma visita do Conselho Regional de Medicina (CRM). Na visita, foram feitas recomentações para ajustes nas condutas e protocolos envolvendo a lavanderia da unidade. Com isso, a Prefeitura nega que houve interdição.
A ação foi cumprida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), que averiguaram uma denúncia sobre a unidade hospitalar.
Outra interdição
Em janeiro deste ano, o CRM-PB constatou a ausência de médicos obstetras e anestesistas na unidade e decidiu interditar a unidade hospitalar. O problema, segundo o órgão, acontecia desde novembro de 2023. A prefeitura de Bayeux chegou a contratar uma empresa terceirizada para suprir a deficiência, mas o problema não foi resolvido e, com isso, estavam faltando médicos para os plantões.
De acordo com o diretor geral do hospital, Demócrito Medeiros, os problemas na escala aconteceram por causa da ausência de profissionais por questões de saúde e de foro íntimo dos médicos. "Ficamos com esse déficit de dois dias na escala, a segunda-feira e a sexta-feira, e também um furo na escala do domingo", explicou.
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