Gravações de 'Cangaço Novo' em Cabaceiras geram rumor de explosão de carro forte na região

Moradores da região do Cariri da Paraíba se assustaram com um suposto crime de explosão de carro forte na cidade de Cabaceiras, na tarde desta terça-feira (3). As imagens, na verdade, retratam gravações da série "Cangaço Novo", do Prime Vídeo.

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Vários vídeos que circulam nas redes sociais mostram fumaça, bombas e até policiais bem na entrada de Cabaceiras, conhecida como a Roliúde Nordestina. Nos vídeos, internautas falam sobre uma suposta explosão de carro forte.

"Venha para Cabaceiras não que o bicho está pegando pro lado de cá. Estouraram um carro forte ali na ponte. Grande foi o pipoco! Se quiser vir para Cabaceiras venha de avião", alertou um internauta em um dos vídeos.

Os vídeos rapidamente se espalharam nas redes sociais e geraram rumores na região. Pouco tempo depois, a Polícia Civil confirmou que, na verdade, se trata da gravação da segunda temporada da série "Cangaço Novo".

Ao Jornal da Paraíba, a assessoria de imprensa da Polícia Civil da Paraíba informou que os moradores de Cabaceiras estão cientes de que se trata de uma gravação cinematográfica. E confirmou, ainda, que a polícia foi avisada oficialmente das gravações com antecedência pela produção da série.

O elenco de Cangaço Novo, série fenômeno do Prime Vídeo que teve o lançamento da segunda temporada confirmado, está na Paraíba desde agosto. As gravações da produção acontecem em cidades Boa Vista, Cabaceiras e Campina Grande.

História por trás de Cangaço Novo

A primeira temporada da série é inspirada em uma história real, onde Valdetário Carneiro, morto em 2003 durante confronto com a polícia.

Natural de Caraúbas, Rio Grande do Norte, Valdetário era fã de Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, e usava inclusive o famoso chapéu de couro que também é característico do bando de Lampião.

Mas, o que fez Valdetário ficar conhecido foi a fama de novo cangaceiro, adquirida após uma sequência de crimes que ele teria cometido. A polícia potiguar atribui ao menos 100 ataques a bancos em vários estados brasileiros entre os anos de 1990 e 2000.

Um crime “de família” marcou a história de Valdetário. Ele foi condenado a sete anos de prisão por ter roubado um carro do próprio primo na cidade de São Bento, Paraíba. Pelo crime, Valdetário foi humilhado pela polícia nas ruas de Caraúbas, e foi encaminhado para um presídio na Paraíba, de onde fugiu cerca de um ano depois.