icon search
icon search
icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

Preços das feiras livres atraem consumidores

Itens mais baratos, qualidade e a proximidade com o vendedor fidelizam consumidor.

Publicado em 30/08/2014 às 6:05 | Atualizado em 11/03/2024 às 12:12

É uma rotina religiosa. Antes de abrir sua pequena lanchonete, toda manhã de sexta-feira Margarida Antônia bate perna nos corredores do Mercado Central de João Pessoa para comprar frutas, verduras, ovos e outros produtos, tanto para o lar quanto para alimentar seus clientes. “Aqui é meu caminho. Eu moro aqui perto, então é mais rápido”, diz a pequena empresária.

Carnes e queijos, por outro lado, ela prefere comprar no supermercado. A busca por preços, qualidade, ou até mesmo um relacionamento próximo e espontâneo entre consumidores e vendedores no mercado popular faz com que o local fervilhe de gente, especialmente às sextas-feiras, que parece ser o dia preferido para as compras semanais. Os compradores abastecem a despensa para o fim de semana e garantem os itens utilizados quase que diariamente.

Mesmo as ruas úmidas e o acúmulo de restos de alimentos próximos aos estandes parecem ser uma alternativa não só aceitável, mas preferível à assepsia dos hipermercados. “Eu gasto aqui a metade do que eu gastaria comprando em outro lugar”, afirma a professora Niedja Araújo. Ela faz compras no Mercado Central duas vezes na semana, “sempre que falta”.

“A farinha aqui é R$ 2,50, no supermercado é R$ 3,50. O quilo do queijo mussarela custa R$ 15,00, e em outros lugares é R$ 25,00. Nos supermercados da Torre o quilo da ameixa é R$ 26,00, e aqui é R$ 19,00”, compara, em tempo de emendar junto ao vendedor: “não é para aumentar não”. A dona de casa Fátima Nascimento não vê tanta diferença no preço, mas valoriza a tradição e, sobretudo o atendimento. “Aqui é melhor, o pessoal é mais velho. Os jovens que gostam mais de supermercados. Eu compro frutas e verduras sempre no mesmo vendedor”, conta.

Dependendo do produto, o preço faz muita diferença. De acordo com a última pesquisa de Hortifruti do Procon de João Pessoa, o preço do tomate varia 223,78% nos supermercados, chegando a custar R$ 5,99 o quilo em alguns estabelecimentos da capital. Já no Mercado Central, alguns vendedores comercializam o produto por até R$ 2,00 o quilo – com a vantagem de que a pesquisa de preços é mais fácil, uma vez que todos os vendedores estão concentrados no mesmo pavilhão.

ECONOMIA PODE CHEGAR A 50%

O consultor financeiro e especialista em gestão do varejo Cláudio Rocha não perde nenhuma quarta-feira, dia em que é realizada a tradicional feira de Jaguaribe: há 30 anos ele faz compras em feiras livres e garante que é mais vantajoso financeiramente. “Falo por experiência própria, não foi outra pessoa que me disse. Por alto, a economia que eu faço é de 50% nos hortifrutigranjeiros”, afirma. Ele reconhece que existem vantagens tanto na compra em supermercados quanto nas feiras.

“Os supermercados têm o fator conveniência. Muitas pessoas trabalham o dia inteiro e preferem fazer feira no final do dia.Além disso, eles aceitam outras formas de pagamento além de dinheiro, como cartão de crédito. Hoje é possível parcelar compras de alimentos”, explica. Por outro lado, ele destaca que a qualidade, proximidade dos fornecedores e possibilidade de negociação credenciam as feiras livres.

“As carnes vendidas em supermercados vêm de longe, do Mato Grosso do Sul, por exemplo, e são refrigeradas. Quando eu compro um quilo de carne na feira livre, eu sei que o boi foi morto de madrugada. As frutas também são bem mais frescas e típicas da região, como caju, carambola e jambo”, relata. O preço, é claro, pesa em favor das feiras na avaliação do consultor, embora a única forma de pagamento aceita seja o dinheiro vivo. “Compro um quilo de batatinha, tomate, cebola, tudo por R$ 1,50. No supermercado chega a R$ 3,60”, compara.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp