Polícia apreende 14 quilos de drogas

Na tarde de ontem, um trio acusado de traficar drogas e que abastecia a região metropolitana de João Pessoa foi detido e apresentado na sede da Central de Polícia, no Centro da capital. Com os suspeitos, foram apreendidos 14 quilos de drogas – dez de cocaína e quatro de crack –, além de R$ 2,5 mil em dinheiro.

De acordo com o delegado responsável pela Delegacia de Repreensão a Entorpecentes (DRE), Allan Murilo Térruel, a droga vinha do Rio Grande do Norte e seria distribuída entre os bairros de Valentina Figueiredo e Mangabeira.

A prisão foi resultado de uma investigação realizada durante 2 meses pela Polícia Judiciária em parceria com o Ministério Público. Na ação, também foram utilizados equipamentos para filmar e monitorar a área suspeita.

Segundo Térruel, o flagrante se deu no momento em que a acusada Marina Petronik, de 29 anos, vinda da cidade de Natal com o entorpecente, entregava o produto a Rodrigo Félix de Belo, de 29 anos, e a Rafael Barbosa de Lima, de 26 anos. O primeiro é considerado o gerente responsável pelo dinheiro das vendas e o segundo, o gerente que coordenava a distribuição das drogas.

“Agora iremos investigar de quem é esse produto: se ele foi comprado diretamente pelos gerentes ou se existe algum fornecedor que adquiriu a droga e repassou o comando a eles”, afirmou o delegado. Conforme ele, o total de cocaína apreendida chega ao valor de R$ 250 mil, enquanto o de crack, a R$ 60 mil.

“Normalmente, cada quilo de crack é vendido na faixa de R$ 15 mil, dependendo da qualidade, da procedência e da especulação na hora da venda. Já o quilo de cocaína em pó pode ser vendido por até R$ 25 mil o quilo”, explicou. “Se pensarmos que cada pedra de crack chega a ser comercializada por R$ 10,00, e a grama de cocaína, por R$ 80,00, esse valor pode ser ainda maior”, completou.

Os três suspeitos foram autuados em flagrante por tráfico e associação ao tráfico, com o agravante de o crime ter sido interestadual. A pena varia de 8 a 25 anos de reclusão.

Para o gerente executivo da Polícia Civil Metropolitana, delegado Wagner Dorta, a apreensão de ontem foi significativa e vem para complementar outras ações da polícia . “Gostaria de frisar a importância da repressão qualificada ao crack e à cocaína realizada pela DRE, já que isso vem reduzindo bastante o número de homicídios na capital. Se fizermos um rápido histórico, podemos constatar que quase meia tonelada de drogas foi apreendida só neste ano”, ressaltou.

MUDANÇAS

O delegado Allan Térruel destaca o fato de os traficantes estarem focando mais na comercialização da cocaína em pó em detrimento do crack. “Isso acontece por conta de o crack produzir mais violência e pela recentes repressões de forças de segurança”, destacou. “Além disso, cocaína em pó é mais cara, seus dependentes costumam ter recursos econômicos e não estão ligados às ações de violência”, finalizou.