VIDA URBANA
Três suspeitos são presos por mortes no Lar do Garoto
Eles cumpriam pena por homicídios praticados na adolescência; sete morreram durante rebelião no sábado (3).
Publicado em 04/06/2017 às 12:12
A Polícia Civil prendeu em flagrante três pessoas suspeitas de envolvimento nas sete mortes ocorridas no sábado (3), durante rebelião no Centro Socioeducativo Lar do Garoto, em Lagoa Seca. Os homens seriam maiores de 18 e estariam no centro porque já haviam completado maioridade enquando cumpriam pena por homicídio praticado quando adolescentes. A informação foi repassada pelo delegado de homicídios Antônio Lopes. Na rebelião, pelo menos dois ficaram feridos e 11 fugiram.
Conforme o delegado, depoimentos ajudaram a identificar a autoria das mortes. "Vamos fazer outros levantamentos, não descartamos a participação de outras pessoas, mas as testemunhas que nós ouvimos relataram a participação destes quatro", afirmou, acrescentando que os suspeitos negaram o crime. "As testemunhas foram bastante seguras e deram detalhes de como tudo aconteceu", frisou, detalhando que algumas foram agredidas e feitas de reféns.
A polícia ressaltou que a fuga em massa ocorreu por volta das 2h30 e que, após a ocorrência, grupos rivais começaram a brigar dentro da unidade. Os internos atearam fogo em colchões e móveis. Na rebelião, cinco jovens foram mortos carbonizados e outros dois foram mortos no pátio da instituição, após serem agredidos dentro das celas.
Segundo a delegada Ellen Maria, também responsável pelas investigações, um dos grupo priorizou matar os rivais antes de fugir. "Só que não deu tempo porque a polícia chegou no local e evitou uma fuga maior", comentou.
Motivação
A Polícia Civil observou que a vingança por um roubo de uma casa e intrigas entre internos do Lar do Garoto podem ter sido a motivação para as mortes ocorridas no centro educacional, durante a rebelião.
Liberação dos corpos
Seis dos sete corpos dos jovens mortos tinham sido liberados até o início da tarde deste domingo pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), em Campina Grande. Segundo o órgão, apenas um corpo aguarda a chegada de familiares para o reconhecimento.
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