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ECONOMIA

Incubadora: uma mão necessária nos primeiros anos da empresa

Instaladas nas universidades, as incubadoras podem ser uma alternativa viável para oferecer suporte aos empreendedores.

Publicado em 12/06/2015 às 9:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 11:58

Uellisson Lopes, Alanna Coelho e Danilo Ferreira ainda estavam na universidade, estudando Ciência da Computação, quando pensavam em conquistar o mundo dos negócios investindo em algo ligado à Tecnologia da Informação (TI). Era agosto de 2014 e eles não tinham ideia de por onde começar. A luz no fim do túnel veio, quando Uellisson, em uma viagem a São Paulo observou que as pessoas valorizam e gostam de comprar peças de artesanato. Foi o start para começar a pensar em juntar TI com artesanato.

De volta a Campina Grande, juntou-se aos colegas, falou sobre as novas perspectivas e veio a grande ideia: um site que valorizasse e divulgasse o artesanato paraibano por meio do comércio eletrônico. Assim nasceu a Made in Paraíba, um local virtual que agrega artesãos e leva as peças do Estado para o mundo, por meio da internet.

Para viabilizar a empresa, a equipe hoje formada também por Rafael Amaral e Rodolfo Leite, contou com o apoio e o suporte da Incubadora Tecnológica de Campina Grande (ITCG).

A quinta e última reportagem da série 'Enfrentando a Crise", da Rede Paraíba de Comunicação, é sobre como as incubadoras - geralmente instaladas em universidades, podem ser uma alternativa viável para oferecer suporte a empreendedores para que eles possam desenvolver ideias inovadoras e transformá-las em empreendimentos bem sucedidos.

“Dois meses depois que surgiu a ideia começamos a contar com o apoio da PaqTc. Participamos do edital e eles passaram a nos dar assessoria, consultorias, cursos e contatos com os empresários na área, além de um espaço físico, para instalação e funcionamento da empresa”, explica Uellisson.

Função da incubadora

As incubadoras têm como objetivo abrigar empresas inovadoras oferecendo um ambiente com toda infraestrutura para que o novo negócio possa se desenvolver e contar com assessoria empresarial, contábil, financeira, de marketing e jurídica. Fora isso, ainda é acompanhada por profissionais do planejamento até a 'graduação', que é como é chamada a empresa pronta para seguir com as próprias pernas. Geralmente, após três anos incubada.

"Esse tempo pode se estender por mais seis meses", informa a coordenadora da Incubadora Tecnológica de Campina Grande (ITCG), Janayna Ibiapina. Ela diz ainda que em 28 anos de existência, foram 99 empresas incubadas no PaqTc com resultados de sucesso.

Atualmente são 19 empresas incubadas - duas situadas em João Pessoa, uma em Tibau (RN) e as demais em Campina Grande. Dessas, quatro são residentes - instaladas dentro do Parque e 15 virtuais - que têm endereço fora.

A Made in Paraíba é uma das residentes. Hoje, o site tem 100 produtos de 15 artesãos cadastrados. A empresa atua como comércio eletrônico voltado à divulgação e comercialização do artesanato paraibano para todo o Brasil, utilizando um sistema de encomendas. Quem visita o site (madeinparaiba.com) pode visualizar as fotografias das peças, com preço disponível, e realizar a compra.

Meta é ampliar vendas para outros países


Para os artesãos de Campina Grande que estão expondo suas peças, o site é uma grande oportunidade para realizar vendas fora do Estado. “Pretendemos criar um canal contínuo de vendas de peças artesanais, que geralmente são comercializados em eventos, feiras e salões de artesanato. Em um segundo momento vamos ampliar as vendas para outros países, visto que os artesãos e suas obras têm se destacado cada dia mais no cenário nacional e internacional”, ressaltou Uellisson Lopes.

Vânia Braga, 43 anos, trabalha desde a adolescência com o artesanato e está expondo suas bonecas de pano no site Made in Paraíba. Até então, os produtos confeccionados por ela eram expostos na Vila e na Casa do Artesão, que ficam no Centro. Aproveitando as oportunidades da internet, Vânia já vendia artesanato pelas redes sociais, só que pelo site ela disse que se sente mais segura para comercializar de forma garantida, tendo apenas a preocupação de cumprir o prazo de entrega.

Seguindo o mesmo ramo de artesanato, Edite Sales, 62 anos, trabalha com boneca de pano e aprendeu a arte aos 8 anos. Vânia e Edite encontraram na Made in Paraíba o caminho para fazer seus produtos irem além dos limites geográficos e ganhar outros mercados.

ITCG vai lançar edital para apoiar novos empreendimento

Empreendedores bem preparados são mais capazes de criar negócios inovadores, enfrentar crises e gerar empregos. Com esse lema, a Incubadora Tecnológica de Campina Grande (ITCG) vai lançar mais um edital para selecionar e apoiar o surgimento de novos empreendimentos.

Nesse sentido, a ITCG realizará o workshop "Oportunidades do Empreendedorismo Inovador", com a diretora geral da Fundação PaqTc, Francilene Garcia, no Centro de Tecnologia e Inovação Telmo Araújo (Citta), na rua Aprígio Veloso, 1500, em Bodocongó. Os editais serão lançados nas áreas Tecnológica e Economia Criativa.

O ITCG atua em 15 nichos de negócios, entre eles: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), eletroeletrônica, agroindústria, design, biotecnologia, petróleo, gás natural, biocombustíveis, tecnologias limpas, energias renováveis, mobilidade urbana, economia criativa, artesanato, audiovisual, moda e música.

Janayna Ibiapina lembra que a ITCG não incuba apenas empresa já formalizada. "Se alguém tiver um projeto de abrir um empreendimento também pode se inscrever para seleção", finaliza.

Empresas já movimentam R$ 1,8 bi ao ano na economia


Segundo dados da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologia Avançada (Anprotec, empresas criadas e estabelecidas nas cerca de 400 incubadoras espalhadas por universidades e parques tecnológicos de todo o país já movimentam R$ 1,88 bilhão ao ano na economia. O valor é a soma do faturamento das empresas incubadas, graduadas e associadas às incubadoras são 6,3 mil empreendimentos, em todos os estados.

Um estudo realizado em 2011 pela Anprotec, em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), revelou que o Brasil tinha na época 384 incubadoras em operação, que abrigavam 2.640 empresas, gerando 16.394 postos de trabalho. Essas incubadoras também já graduaram, isso é, colocaram no mercado, 2.509 empreendimentos, que faturavam no período R$ 4,1 bilhões e empregavam 29.205 pessoas.

O mesmo estudo revelou que 98% das empresas incubadas inovam, sendo que 28% com foco no âmbito local, 55% no nacional e 15% no mundial.



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Jornal da Paraíba

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