Remédios ficarão mais caros a partir de abril

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) publicou ontem no Diário Oficial da União a autorização para reajustes de remédios vendidos em todo Brasil de até 5,85%. As alterações para a indústria farmacêutica poderão entrar em vigor a partir do dia 31 deste mês. O índice de reajuste anual incidirá sobre os preços aplicados no dia 31 de março de 2011.

Com representantes de vários ministérios, a Cmed é responsável pela definição de preço de medicamentos no país. Ao todo, serão reajustados 13.782 medicamentos, que fazem do Nível 2 e Nível 3, categorias que serão reajustadas em 2,80% e 5,85%, respectivamente.

Pela primeira vez desde 2003, a Câmara reajustou negativamente os medicamentos de Nível 3, no percentual de -0,25% para os 8.840 medicamentos que manterão seus preços inalterados nas prateleiras das farmácias.

O reajuste anual de preços dos medicamentos é feito com base no índice de inflação na produtividade e no fator de preços relativos intrassetor e entre setores. A produtividade da indústria durante o ano passado foi de 6,1%. Registrando um crescimento de 3,63 pontos percentuais sobre 2011, quando foi de 2,47%.

A resolução é nacional e será integralmente aplicada na Paraíba, sendo estipulados pela Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico, através da sua revista, os preços máximos cobrados em todo país. Segundo o presidente do Sindicato das Farmácias de João Pessoa (Sindifarma-JP), Herbert Almeida, a partir do começo de abril os fabricantes começarão a emitir suas notas fiscais com os novos valores. “A partir daí, será questão de dias para que os novos preços cheguem”, destacou Herbert.