VIDA URBANA
Quatro homens morrem em poço artesiano em Barra de São Miguel
Corpo de Bombeiros suspeita que as mortes ocorreram por falta de oxigênio dentro do poço.
Publicado em 12/01/2017 às 17:18
Quatro homens morreram nesta quinta-feira (12) e outros quatro foram socorridos se sentindo mal, depois de entrarem em poços na zona rural de Barra de São Miguel, no Agreste da Paraíba. São eles: os irmãos Lucas Rolim de Sousa e Rodrigo Rolim de Sousa e Evandro Alves Truta e José Itamar.
O Corpo de Bombeiros suspeita que as mortes ocorreram por falta de oxigênio dentro do poço. Sobreviveram os irmãos Lucinaldo Nascimento Costa e Luciano Nascimento Costa e José Maria de Sousa. O nome do quarto sobrevivente não foi publicado. Lúcia de Fátima, enfermeira do posto de Saúde da zona rural, esteve no local e contou como a tragédia ocorreu.
“Foi algo muito estranho. Dois homens entraram no poço, reclamaram que estavam passando mal e, em seguida, morreram. Depois, os outros dois entraram para tentar ajudar os que estavam dentro do poço e também morreram. Já em outro poço, no mesmo sítio, outros quatro homens foram fazer o mesmo serviço e saíram do poço se sentindo mal. Esses poços foram soterrados por um rio, depois de algumas chuvas. Eles iriam fazer a limpeza para reativá-los”, disse a enfermeira.
Os sobreviventes foram encaminhados para o Hospital de Trauma de Campina Grande e devem receber alta nesta sexta-feira (13).
Sem oxigênio
Já o sargento Eugênio, do Corpo de Bombeiros, que foi ao local acredita que não houve envenenamento. Ele suspeita que as mortes ocorreram por falta de oxigênio dentro do poço.
“A informação que a gente obteve é que eles desceram no poço e perderamo a consciência por falta de ar. Como no fundo do poço tem água, é possível que eles tenham sofrido afogamento. Não constatamos nenhum indício de substância tóxica”, explicou o sargento.
Profundidade
Segundo as informações do Corpo de Bombeiros de Campina Grande, os poços têm cerca de 10 metros de profundidade. Das quatro pessoas retiradas, duas precisaram de atendimento e foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“O poço tem aproximadamente 10 metros e quando se está fazendo alguma atividade por longo período é comum faltar oxigênio. E se a pessoa não sair em tempo hábil vai perder a consciência”, disse o sargento Eugênio.
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