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SILVIO OSIAS

A Havana de O Poderoso Chefão 2 não é em Cuba, mas na República Dominicana

O cinema tem o real e o irreal e nos arrebata com verdades e mentiras.

Publicado em 12/02/2025 às 7:40


				
					A Havana de O Poderoso Chefão 2 não é em Cuba, mas na República Dominicana
Foto/Reprodução.

A segunda parte da trilogia O Poderoso Chefão, de 1974, tem um longo trecho que se passa em Cuba. Lembram? Culmina com a tomada do poder por Fidel Castro.

Mas Francis Ford Coppola não filmou em Cuba. A Havana que vemos no extraordinário O Poderoso Chefão 2 foi filmada na República Dominicana.

Três Homens em Conflito, de 1966, é a última parte da trilogia que Sergio Leone fez com Clint Eastwood. Foi muito criticado pelos cultores do western, hoje é cultuado.

Três Homens em Conflito é um western italiano que se passa nos Estados Unidos na Guerra da Secessão. Foi filmado em estúdio, na Itália, e na Espanha.

De Olhos Bem Fechados, de 1999, é o último filme de Stanley Kubrick. Americano de Nova York, Kubrick viveu por muitos anos na Inglaterra, e lá morreu.

A história de De Olhos Bem Fechados se passa em Nova York. A Nova York que vemos no filme foi construída artificialmente em Pinewood, estúdio britânico.

Casablanca, de 1942, é um clássico absoluto do cinema. Estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, é um filme octogenário que permanece fascinante.

Todos sabem que a história de Casablanca é ambientada no Marrocos durante a II Guerra. Mas tudo o que vemos no Marrocos de Casablanca foi produzido em estúdio.

Janela Indiscreta, de 1954, não é só uma das obras-primas da extensa filmografia de Alfred Hitchcock. Janela Indiscreta é um dos maiores filmes do mundo.

A trama de Janela Indiscreta é num conjunto de pequenos apartamentos no Village, em Nova York. Que nada! Foi tudo feito num grande cenário em estúdio.

Um crítico americano disse a François Truffaut que ele gostava de Janela Indiscreta porque não conhecia o Village. Truffaut, que migrara da crítica para a direção, respondeu que Janela Indiscreta não era sobre o Village. Era sobre cinema.

A Maior História de Todos os Tempos, de 1965, é uma Paixão de Cristo dirigida por George Stevens. O Stevens de Um Lugar ao Sol e Os Brutos Também Amam.

Quem faz Jesus é Max Von Sydow. Grande ator, Sydow nasceu na Suécia e conquistou dimensão mundial por causa dos filmes que fez com Ingmar Bergman.

Em West Side Story (Amor, Sublime Amor), a versão de 1961 dirigida por Robert Wise e Jerome Robbins, quem faz Maria, personagem central, é Natalie Wood.

Wood era judia, filha de imigrantes russos, nascida nos Estados Unidos. Maria é porto-riquenha, e Wood fala inglês no filme com sotaque fake de Porto Rico.

Sob John Ford e Howard Hawks, John Wayne foi um dos maiores atores de westerns de todos os tempos. Política e ideologicamente, era um direitista abominável.

Jean-Luc Godard disse que, apesar do ódio que devotava a Wayne por suas posições, curvava-se diante do grande ator ao vê-lo atuando em Rastros de Ódio.

Em Rastros de Ódio, John Wayne é o confederado Ethan Russell. Foi em 1956 que John Ford realizou Rastros de Ódio, uma das obras máximas do gênero western.

O cinema é a grande arte do século XX e está aí, sobrevivendo ao século XXI. O cinema tem o real e o irreal, as verdades e as mentiras, e é assim que nos arrebata.

O trem na estação exibido pelos irmãos Lumière é o oposto da fantasia criada por Georges Méliès. Já era assim, lá nos primórdios do cinema.

O cinema é feito por homens e mulheres. Gente que admiramos na tela e fora dela. Gente que só admiramos na tela. Gente que é melhor na vida real do que nos filmes.

O cinema começou no final do século XIX. O século XX foi o século do cinema. Totalmente transformado, o cinema está terminando o primeiro quarto do século XXI.

Aos 65 anos, sou do tempo dos cinemas de rua. Recorro pouco às plataformas de streaming. Ainda bem que mantive viva a alegria de ver cinema no cinema.

Foto/Reprodução

Silvio Osias

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