POLÍTICA
São João: secretário da PMCG rebate 'críticas por conveniência' de artistas
Ele diz que grade atende gosto popular com estrelas regionais e nacionais.
Publicado em 20/04/2017 às 16:06
Os cantores Alcymar Monteiro, Santanna, Elino Julião Júnior, Poeta Francinaldo e Fabiano Guimarães, que ficaram de fora da programação oficial do Maior São João do Mundo de 2017, usaram as redes sociais para criticar a produção do evento. Em sua página do Facebook, o jornalista e secretário Marcos Alfredo, responsável pela comunicação da prefeitura de Campina Grande, rebateu as críticas dos artistas.
“A ousadia de Romero Rodrigues, em sintonia com um momento de choque de realidade para o poder público, naturalmente tem seu preço. A grade artística da versão 2017 causou uma grande surpresa e que Críticas por conveniência não enriquecem a biografia de ninguém”, ressaltou Marcos Alfredo.
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O Maior São João do Mundo e a máxima de Geraldo Vandré
Em um evento na manhã desta quarta-feira, 19, no auditório da FIEP, o prefeito Romero Rodrigues e representantes da empresa Aliança lançaram as duas principais novidades do Maior São João do Mundo 2017, no tocante ao layout do Parque do Povo este ano e à programação artístico-cultural do evento. Na verdade, a grande novidade é o próprio e inédito modelo adotado para realizar um dos maiores eventos populares do país: através de uma parceria público-privada, a Prefeitura nesta segunda gestão de Romero terceiriza as despesas, prioriza os recursos para áreas essenciais como a saúde e impõe um novo patamar de profissionalização numa festa de 34 anos e muitos desafios.
A ousadia de Romero Rodrigues, em sintonia com um momento de choque de realidade para o poder público, naturalmente tem seu preço. A grade artística da versão 2017 causou uma grande surpresa: ela é heterogênea, atende enormemente ao gosto popular com grandes estrelas da música regional e nacional, além de impactar pela qualidade das atrações contratadas pela empresa Aliança. Ao mesmo tempo, como já era previsível, artistas que ficaram de fora da programação se manifestam nas redes sociais evidenciando queixas e mágoas, muitas vezes exagerando nas críticas com base em conceitos que só são válidos quando o interessado não é contemplado com um contrato generoso.
Alguns pontos precisam ser colocados à mesa, senhores. Primeiro: ninguém pode ter lugar cativo na programação do São João. Na verdade, a grade deste ano procura atender aos mais diversos gostos musicais do perfil do público que prestigia as apresentações e lota o Parque do Povo para assistir aos shows de seus ídolos. Pontos de vista contrários à proposta que norteia a contratação dos artistas naturalmente devem ser respeitados, pela simples questão de que será sempre impossível agradar a todos.
Cercear o direito de uma considerável parcela do público consumidor a assistir o que gosta é tão brutal quanto impor à população critérios estético-pessoais dos que estão eventualmente no poder.
Merece respeito o desabafo de artistas que se sentem alijados da programação, mas também se questiona: essas eventuais estrelas assumiriam o mesmo discurso crítico se tivessem sido contratadas para a grade de programação? Críticas por conveniência não enriquecem a biografia de ninguém; desmerecer colegas por terem conquistado algum espaço na programação de uma festa como o Maior São João do Mundo é digno de censura por revelar sentimentos que não condizem com a imagem que muitos tentam propagar.
Enfim, parafraseando Geraldo Vandré, diria que “a vida não se resume a uma programação no Parque do Povo”. E nem o Maior São João do Mundo se limita a uma grade artística. Como já tive oportunidade de escrever, a festa só é o que é e ultrapassou as três décadas porque soube se reinventar, manteve o respeito ao povo e ao público e não está atrelado aos padrões dos que se sentem autorizados a estabelecer verdades.
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