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CONVERSA POLÍTICA

Desembargador nega pedido para transferir Fernando Cunha Lima para presídio do Róger

Advogado das vítimas fez pedido ao TJPB para pediatra deixar Cotel em Abreu e Lima, em Pernambuco.

Publicado em 12/03/2025 às 17:22


				
					Desembargador nega pedido para transferir Fernando Cunha Lima para presídio do Róger
Fernando Cunha Lima foi preso em Pernambuco, na sexta-feira (7).. Reprodução/TV Cabo Branco

O desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba, negou um pedido para transferência do pediatra Fernando Cunha Lima do Centro de Observação Criminológica e Triagem (COTEL), em Abreu e Lima, Pernambuco, para o presídio do Róger, em João Pessoa.

O pedido foi apresentado pelo advogado de defesa das vítimas do médico, que é acusado de ter estuprados crianças durantes consultas médicas.

Na ação também foi solicitado o indeferimento do pedido da defesa de Fernando Cunha Lima para conversão da prisão preventiva em domiciliar.

Ao analisar os pedidos, o desembargador entendeu que existe igual pedido na 4ª Vara Criminal de João Pessoa e que ainda não foi apreciado pelo juiz de 1º grau, "que é competente para apreciar o pleito".

Prisão de Fernando Cunha Lima

Fernando Cunha Lima foi preso na última sexta-feira (7), acusado de seis estupros contra crianças. Ele foi preso em Pernambuco, onde contava com uma rede de apoio formada por familiares e conhecidos, que o ajudaram a se esconder e ficar foragido por quatro meses.

O pediatra está há cinco dias preso, após dizer que ia "ficar só dois dias".

Quais são as acusações contra o médico?

As primeiras acusações contra o médico surgiram em 25 julho de 2024, quando uma mãe relatou à polícia que presenciou o profissional tocando as partes íntimas da filha durante uma consulta em João Pessoa. Após a divulgação do caso, outras vítimas – incluindo uma sobrinha do pediatra – buscaram a Delegacia de Crimes contra a Infância e Juventude.

Atualmente, Cunha Lima responde por dois processos: um com quatro vítimas e outro com duas. O Ministério Público (MP) aponta que uma das crianças teria sido abusada duas vezes. Investigadores também revisaram denúncias antigas, como a de uma sobrinha do médico, que alega ter sido violentada por ele em 1991.

O médico é réu por estupro desde agosto de 2024 , quando a Justiça da Paraíba aceitou a primeira denúncia contra ele, mas negou o pedido de prisão preventiva.

A decisão pela prisão veio em 5 de novembro de 2024. Neste mesmo dia, a Polícia Civil tentou cumprir o mandado contra o acusado e não encontrou o acusado em casa. Desde então ele era considerado foragido.

Fernando Cunha Lima foi preso em Pernambuco, na sexta-feira (7).

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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