PLENO PODER
Vídeo: Câmara de João Pessoa tem sessão de circo com "CarnavAU Pet" e "Festival Japonês"
Vereadores deram gargalhadas em Plenário nesta quinta-feira (24)
Publicado em 25/04/2025 às 10:22

A baixa produtividade e a inutilidade de alguns projetos aprovados em câmaras municipais da Paraíba não surpreendem mais os paraibanos. Vez por outra 'pérolas' propostas, e às vezes aprovadas, ganham espaço no noticiário político do Estado.
Mas este ano esses registros têm sido cada vez mais frequentes no mais robusto Legislativo municipal do Estado, o da Capital. Nesta quinta-feira (24), a sessão da 'Casa' ultrapassou todos os limites do ridículo e em alguns momentos fez o Plenário parecer um picadeiro de circo.
Os vereadores analisaram um projeto que inclui no calendário de eventos de João Pessoa o "CarnavAU Pet", no mesmo período das festividades carnavalescas convencionais.
A proposta foi apresentada pelo vereador Guga Pet (PP), o mais votado nas eleições do ano passado na Capital.
Ao analisarem o projeto os vereadores gargalharam em Plenário.
A "CarnavAU Pet" foi rejeitado, mas na mesma sessão a Câmara aprovou a inclusão no calendário do Festival de Cultura Japonesa “Okinawa”. Isso mesmo. Um festival japonês dentro do calendário oficial de uma Capital do Nordeste brasileiro. O projeto é da vereadora Eliza Virgínia (PP).
Dias atrás, na sessão de 9 de abril, a 'Casa' também aprovou um projeto de Guga Pet que institui o "Fevereiro Roxo" para animais.
Em março, os vereadores aprovaram um voto de aplauso ao filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, por ele ter deixado o país. Uma iniciativa do vereador bolsonarista Fábio Lopes (PL) que em nada contribui com a melhoria da vida do pessoense - nem guarda qualquer conexão com a finalidade de uma câmara municipal.
Cadê a CCJ?
Para além do ridículo, a análise dos projetos em Plenário também abre uma discussão sobre a ineficiência da principal comissão temática da Câmara de João Pessoa - a de Constituição e Justiça (CCJ).
Esse tipo de proposta deveria ficar no 'filtro' da CCJ para evitar que a Câmara seja, dia após dia, exposta aos risos.
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