PLENO PODER
Opinião: Entre a briga política e o mato alto, quem perde é o Bodocongó
Parque de Bodocongó, que custou R$ 35 milhões, sofre com a depredação e com a indefinição sobre quem deve gerir sua manutenção
Publicado em 06/05/2025 às 10:15

Em 2017, ainda durante a gestão do ex-governador Ricardo Coutinho, foi inaugurado o Parque de Bodocongó, na Zona Oeste de Campina Grande.
A obra, à época, custou cerca de R$ 35 milhões e foi celebrada pelos moradores da região, que não dispunham de nenhum equipamento de atividade física nas proximidades.
Até o início da pandemia, em 2020, o espaço era frequentado por centenas de pessoas todos os dias e, por isso, mantinha um bom padrão de conservação. As boas memórias do local, porém, ficaram no passado.

De lá para cá, o espaço — gerido pelo Governo do Estado — foi deixado de lado e hoje é pouco frequentado até mesmo por quem mora no bairro. Os aparelhos de atividade física já foram vítimas da ação do tempo e da depredação por vândalos.
No ano passado, em meio à disputa eleitoral em Campina, aliados do governo estadual afirmaram que o Parque já foi ofertado à Prefeitura, que, segundo eles, não teria aceitado. O Executivo municipal, por sua vez, afirma que isso nunca aconteceu.

Enquanto os políticos disputam narrativas, o Parque de Bodocongó segue se deteriorando diante dos olhos da população. Um investimento milionário, que um dia foi motivo de orgulho e símbolo de valorização da Zona Oeste de Campina Grande, hoje representa o desleixo com o bem comum.
Em tempo
O Blog Pleno Poder entrou em contato com a Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan-PB), que afirmou que, em breve, se posicionará sobre o caso. Já a Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Campina Grande (Sesuma), responsável pelos parques da cidade, mantém a versão de que jamais foi procurada para assumir a gestão do Parque de Bodocongó.
Texto: Pedro Pereira
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