VIDA URBANA
Boato do Bolsa Família pode ter origem na PB
Falsa informação do fim do programa teria partido de Cajazeiras, com mensagens na internet.
Publicado em 31/05/2013 às 8:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 18:08
Informações colocadas à disposição da Polícia Federal (PF) apontam indícios de que o boato sobre o fim do Programa Bolsa Família, divulgado há 12 dias, teria partido do município paraibano de Cajazeiras, distante 480 quilômetros de João Pessoa.
Devido à falsa informação, os beneficiários lotaram agências da Caixa Econômica Federal, no último dia 18, a fim de sacarem o dinheiro. Houve corre-corre em 13 Estados. Doze dias após o registro dos tumultos, a Polícia Federal ainda não identificou os responsáveis pelo caso, mas trabalha com várias linhas de investigação.
Segundo matéria publicada pelo Jornal O Globo, a empresa Interagentes, que atua no setor de análise de redes sociais, no Estado de São Paulo, foi a responsável pela identificação dos indícios que envolvem o município paraibano.
Após realizarem buscas na rede mundial de computadores, técnicos da empresa descobriram que a mensagem “Bolsa Família começa sexta” foi publicada às 18h39 do dia 15 de maio, três dias antes da ocorrência dos tumultos. Ainda de acordo com a Interagente, a mensagem foi “retuitada” por 14 perfis, em horários diferentes e alguns destes perfis se identificaram como sendo da Paraíba.
Ainda de acordo com o Jornal O Globo, os especialistas da Interagentes descobriram que o primeiro perfil que incitou as pessoas a procurarem as agências da Caixa para sacar os benefícios do programa pertencia a uma moradora de Cajazeiras. Ela postou a mensagem às 8h, do dia 18. Como a mulher tem 200 seguidores, o comentário acabou sendo disseminado pela rede.
O JORNAL DA PARAÍBA procurou a superintendência regional da PF na Paraíba, para comentar o assunto, mas a instituição explicou que as investigações estão centralizadas no Distrito Federal e que ainda não houve comunicação oficial sobre o envolvimento da Paraíba no caso.
Também procurada pela reportagem, a Superintendência da PF situada em Brasília informou que as investigações ainda não foram concluídas e que ainda não tem condições de confirmar e nem descartar nenhuma hipótese.
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