VIDA URBANA
Pena de suspeito de estuprar mulheres pode chegar a 110 anos
Conforme Polícia Civil, Ivar Pedro da Silva responderá por roubo qualificado, dupla tentativa de homicídio, homicídio e dois estupros.
Publicado em 30/06/2015 às 18:15
A soma das penas de um dos homens suspeitos de roubar, estuprar duas mulheres na frente de um bebê e matar uma delas no último dia 20 pode chegar a 110 anos. A informação é do superintendente da Polícia Civil da Região Metropolitana de João Pessoa, Marcos Paulo Vilela, que concedeu entrevista durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (30) na Central de Polícia, na capital, para apresentar os homens que teriam participado do crime.
Conforme Marcos Paulo, o homem identificado como Ivar Pedro da Silva seria o principal suspeito da ação. Ele, que estava em liberdade condicional há 8 meses por roubo de veículo, irá responder por roubo qualificado; duas tentativas de homicídio duplamente qualificado contra uma das mulheres e o bebê de 9 meses; homicídio duplamente qualificado contra a outra mulher; e pelos estupros cometidos contra as duas.
Além disso, Ivar responderá pelo crime de incêndio, já que o veículo que era de uma das vítimas foi incendiado após o roubo. Apesar de a pena pelos cinco crimes poder chegar a 110 anos de prisão, o Código Penal prevê, atualmente, que o cumprimento máximo não pode ser superior a 30 anos.
O outro homem, identificado como Léo Iraque, irá responder por roubo consumado duplamente qualificado, com pena que varia de 6 a 15 anos de prisão. Segundo Marcos Paulo, ele teria participado apenas do roubo do veículo. “Os elementos de prova dentro do inquérito dão conta dessa participação e a própria vítima confirma”, afirmou.
De acordo com o superintendente, a Polícia Civil tem até 10 dias para concluir o inquérito e enviá-lo ao Ministério Público. “Considerando que o Leonardo foi preso primeiro, temos um prazo menor agora porque já está contando esse caso. Acredito que até o final da sexta, no mais tardar segunda, esse inquérito será enviado”, sublinhou.
A polícia conseguiu prender os suspeitos fazendo investigações sobre criminosos que tinham envolvimento com roubos de carros. Léo Iraque foi detido no sábado (27), na comunidade Iraque, em João Pessoa, e falou quem seria o outro homem. Ivar Pedro da Silva foi preso na manhã desta terça-feira no município de Igarassu (PE). A ação que culminou na prisão de Ivar foi realizada em conjunto entre as polícias Civil da Paraíba e de Pernambuco.
O superintendente Marcos Paulo ressaltou que irá entrar em contato com o Secretário de Administração Penitenciária, Wagner Dorta, para decidir para qual presídio os dois deverão ser encaminhados. A possibilidade é que eles fiquem detidos ou na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, mais conhecida como Presídio do Róger, ou no Complexo Penitenciário de Jacarapé, chamado popularmente de PB1 e PB2. Enquanto isso, Léo e Ivar aguardam a decisão na carceragem da Central de Polícia.
Relembre o caso
Na noite de sábado (20), as duas mulheres estavam com o bebê em uma festa na Associação dos Moradores dos Bancários, em João Pessoa. Após saírem do local, uma delas foi deixar a amiga em casa, no Jardim Cidade Universitária. Ao pararem o carro em frente à casa, por volta das 20h, elas foram abordadas por homens em um carro e uma motocicleta.
A vítima que estava conduzindo o carro foi obrigada a dirigir pela BR-101 de João Pessoa até Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, onde entrou em uma estrada de terra conhecida como Estrada do Aterro Sanitário, na Mata da Usina Santa Tereza.
No estrada, um dos suspeitos teria tentado estrangular as mulheres utilizando tecidos, depois de estuprá-las, mas não conseguiu. Em seguida, teria atropelado as duas com o carro da vítima, fugindo na sequência. Uma das mulheres não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O homem teria abandonado o bebê na mata.
Por volta das 11h30 do domingo (21), trabalhadores rurais e vigilantes da usina encontraram as vítimas e a criança no local do crime e acionaram a polícia. A mulher que sobreviveu foi levada para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife. Ela sofreu politraumatismo. A criança foi encaminhada para o Hospital Belarmino Correia, em Goiana, com fome, picadas de insetos, mas sem ferimentos graves. Ele foi transferido posteriormente para um hospital de João Pessoa.
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