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VIDA URBANA

Biotério é credenciado para usar animais em pesquisas

Faculdade particular de Campina Grande recebeu autorização para utilizar animais em aulas práticas e projetos científicos.

Publicado em 31/07/2012 às 6:00


O avanço nos estudos científicos sobre patologias cardiológicas e neurológicas acabam de ganhar um reforço. Pela primeira vez, a Paraíba tem um biotério, local onde são criados e mantidos animais com a finalidade de serem usados como cobaias em experimentação, credenciado pelo Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea), o que estimulará as pesquisas na área. O laboratório da Facisa (Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas) recebeu o sinal verde do órgão e deve intensificar os estudos em Medicina, Enfermagem e Fisioterapia.

Ao todo, são 260 animais, entre camundongos e ratos, que servirão para que sejam desenvolvidas aulas práticas com os alunos e desenvolvidos projetos científicos com finalidade para encontrar alternativas de tratamento e cura para várias doenças.

Como explica Thárcia Kiara de Oliveira, médica veterinária e coordenadora do biotério, esse credenciamento foi de fundamental importância para que essas atividades possam ser desenvolvidas de forma que contribua para o avanço nos estudos. O valor investido é de quase R$ 1 milhão.

“Nós temos cerca de 10 professores pesquisadores que estão prontos para desenvolver estudos que são fundamentais para encontrar alternativas de tratamento para doenças cardíacas e neurológicas, como por exemplo Alzheimer. Nós induzimos a esclerose e desenvolvemos estudos para tentar reverter o processo. Temos material cirúrgico adequado, gaiolas onde os animais são mantidos e um vasto equipamento para que tudo esteja dentro do que o Conselho de Ética no Uso de Animais determine”, destacou.

A importância da atuação desse Conselho foi salientada pela especialista, uma vez que, para que esses procedimentos possam ser realizados, existem alguns critérios a serem seguidos: “Nós temos todo um protocolo a seguir. Respeitar os princípios éticos, como reduzir o número de procedimentos, sedar para que o animal não sinta dor, e tratá-lo para que ele tenha todas as condições, não passando fome ou sede”, explicou Kiara, que confirmou que pesquisadores de outras instituições do Estado também procuram a faculdade para dar continuidade aos seus estudos.

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Jornal da Paraíba

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