Governo quer plano estadual para enfrentar o fenômeno

O Governo do Estado da Paraíba possui um plano de combate à desertificação e, segundo o secretário Executivo do Meio Ambiente, Cristiano Paiva, o objetivo é criar políticas públicas de caráter mundial. Ele destacou outro aspecto da desertificação, o corte de lenha, que este ano passou de 30% para 40%, por causa dos efeitos da seca.

“O corte da lenha tem sido uma fuga para as famílias que não puderam receber da terra os frutos que plantaram. Por causa disso, o governo estuda uma articulação, com o setor industrial, para um trabalho de replantio das áreas mais devastadas”, disse. Segundo o secretário, a perspectiva é que seja feito o reflorestamento de áreas nativas e de matas ciliares.

“Temos hoje 121 mananciais que atendem a população paraibana e alguns estão enfrentando problemas, principalmente por causa do mal uso do solo, que acaba salinizando ainda mais a água que é consumida. Mananciais como o Coremas, Mãe D'água, Rio Piancó e Piranhas são alguns dos mais prejudicados”, contou.

O secretário explicou ainda que o governo está mediando ações junto ao Ministério do Desenvolvimento para a modernização de instituições como a AESA e a Sudema. “Pretendemos contar com o apoio científico das universidades da Paraíba, assim como de instituições importantes como o INSA, para transformar a economia paraibana em uma economia sustentável”, informou.