CULTURA
Canal coletivo do YouTube tem acervo de filmes brasileiros raros
Raridades como D’gajão Mata Para Vingar (1971), incursão de José Mojica Marins pelo faroeste, e O Salário da Morte (1970), do paraibano Linduarte Noronha (1930-2012), também estão lá.
Publicado em 19/01/2016 às 10:00
Querendo ver um filme brasileiro, ainda por cima raro? O Armazém da Memória te ajuda. Através da Cinemateca Popular Brasileira, um dos canais do coletivos no YouTube, o Armazém catalogou cerca de 1.440 títulos nacionais, disponíveis na plataforma, com base no Dicionário de Filmes Brasileiros, de Antônio Leão da Silva Neto, e nos catálogos da Ancine (entre 2002 e 2013).
O coletivo dedicado à história do audiovisual garimpou o que achou na rede, organizou por gêneros (Aventura, Comédia, Infantil, Documentário, Drama e Faroeste) e diretores. Além disso, há ‘mostras’ no canal, playlists reunindo temas afins.
“A difusão e acesso à produção cultural e cinematográfica brasileira é fundamental para o avanço de nossa sociedade nas áreas de educação e direitos humanos”, justifica o coletivo.
Raridades como D’gajão Mata Para Vingar (1971), incursão de José Mojica Marins pelo faroeste, e O Salário da Morte (1970), do paraibano Linduarte Noronha (1930-2012), também estão lá, ao lado de produções da lendária Atlântida, comédias do inesquecível Mazzaroppi e muitos filmes lançados nos anos 1960, 1970 e 1980.
O canal é ótimo para quem gosta ou quer se aprofundar na produção brasileira em todos os tempos. Há de longas raros de Os Trapalhões, como Dois na Lona (1967) e A Ilha dos Paqueras (1968), a documentários do paraibano Vladimir Carvalho, vide O País de São Saruê (1979) e O Homem de Areia (1981), passando pelos clássicos de Glauber Rocha (1939-1981) e Walter Lima Júnior, como Terra em Transe (1967) e O Menino de Engenho (1970), respectivamente - este último, rodado na Paraíba.
A própria Cinemateca Popular Brasileira possui pérolas preciosíssimas, como a versão restaurada de Limite (1931), grande marco do cinema brasileiro. No canal estão publicados 18 filmes (de 409 que se encontram em domínio público), os demais são agregados aos catálogos de canais de terceiros disponíveis na rede e, por estarem sujeitos a disponibilidade alheia, um ou outro pode ter sido retirado da plataforma.
“Uma vez por ano atualizamos o catálogo, mediante manutenção de links quebrados e varredura no Youtube, para inclusão de vídeos ainda não catalogados no canal. Com a atualização de 2015 superamos 30% do conteúdo produzido em mais de 100 anos de cinema nacional”, informa o site da Cinemateca virtual.
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