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VIDA URBANA

Das 223 cidades da Paraíba, 202 não têm esgotamento sanitário

Apenas 25,32% do esgoto produzido é coletado, e desse discreto percentual, apenas 33,22% é devidamente tratado.

Publicado em 07/08/2015 às 14:10

O despejo de esgoto sem tratamento nos rios e córregos, ao longo dos anos, além de afetar a qualidade da água, tem se tornado um problema ambiental, social e de saúde pública. Dados do Instituto Trata Brasil apontam que mais da metade da população do país não possui acesso aos serviços de saneamento básico. Na Paraíba, as estatísticas não são menos alarmantes, pois apenas 25,32% do esgoto produzido é coletado, e desse discreto percentual, apenas 33,22% é devidamente tratado, estando apto a ser devolvido para a natureza.

Isso acontece porque apenas 21 municípios contam com esgotamento sanitário, de acordo com informações da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). No Estado, portanto, 91% das cidades (202) não têm esse serviço. E mesmo possuindo sistema de esgotamento sanitário, a universalização da coleta não existe em nenhuma delas. Das 21 citadas, Campina Grande é a que mais se aproxima dessa conquista, pois já coleta cerca de 75% do seu esgoto.

Outro fator que influencia negativamente no Estado é o desequilíbrio entre as zonas urbana e rural. De acordo com dados do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apenas 30% dos domicílios da zona rural do Estado possuem esgotamento sanitário adequado, contra pouco mais de 80% dos domicílios urbanos.
Para a engenheira civil e professora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Patrícia Feitosa, a deficiência dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos compromete consideravelmente a qualidade de vida das pessoas. “Há comprometimento em relação a vários aspectos, não só para o meio ambiente, quanto para nós, que consumimos a água que recebe de forma direta ou indireta esses esgotos. Mesmo que tratada, em períodos de estiagem, temos a redução do volume dos mananciais, mas a quantidade de contaminantes continua a mesma e mais concentrada”, explicou.

Ainda segundo a professora, a prioridade dos governos sempre foi levar água de qualidade para as pessoas, mas houve um descaso generalizado com o esgoto. Além disso, ela acrescentou que muitas cidades contam com esgotamento sanitário, mas alguns bairros terminam não tendo infraestrutura adequada com esgotos a céu aberto, principalmente de áreas mais carentes. “Podemos ver soluções individuais nas cidades e na zona rural, como as fossas, mas não se tem o mesmo controle que temos com o sistema coletivo”.

Em Campina Grande, por exemplo, Patrícia cita o incurso de esgotos nos canais do Prado e no bairro do Pedregal, em Campina Grande, que são canais de drenagem de águas pluviais, mas que terminam recebendo esgotos na sua extensão, de forma clandestina, principalmente nas áreas mais carentes, onde a população não tem acesso à rede convencional de esgotamento.

Para o presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Tota Guedes, a execução de obras de esgotamento sanitário, embora seja uma demanda antiga e muito cobrada, encontra o obstáculo da falta de recursos. “Isso é uma questão de recursos, pra fazer uma obra de esgotamento sanitário precisa de verbas. Os municípios têm vontade de resolver a situação, mas o governo federal nunca teve um programa específico para enfrentar diretamente esse problema”, afirmou.

Conforme a assessoria de imprensa da Cagepa, o setor de planejamento da companhia está aberto para oferecer apoio técnico às prefeituras na elaboração do plano, desde que isso seja solicitado.


Cidades da Paraíba atendidas com esgotamento sanitário:

Alagoa Grande
Araruna
Bayeux
Cabedelo
Cajazeiras
Cajazeirinhas
Camalaú
Campina Grande
Catolé do Rocha
Cubati
Guarabira
Itaporanga
João Pessoa
Lagoa Seca
Mamanguape
Monteiro
Patos
Pedras de Fogo
Queimadas
Santa Rita
Sapé

Imagem

Jornal da Paraíba

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