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VIDA URBANA

Abrigo de ônibus põe passageiros em risco no Terminal de Integração

Coluna de concreto está danificada e estrutura é sustentada por madeiras há mais de 15 dias.

Publicado em 19/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:03

O abrigo da parada de ônibus da linha Mangabeira (301, 302, 303) no Terminal de Integração no bairro do Varadouro, em João Pessoa, está com a estrutura de concreto danificada, sendo sustentada por madeiras há pelo menos 15 dias, segundo os passageiros, gerando riscos para quem utiliza o serviço.

De acordo com os passageiros que utilizam a parada diariamente, o problema foi verificado há mais de 15 dias, quando o pilar de sustentação do abrigo cedeu, o concreto quebrou e os ferros ficaram retorcidos. O local foi interditado com faixas e grandes cones, mas somente passou a ser sustentado por tábuas de madeira na última sexta-feira, pelo menos duas semanas após o surgimento do problema. Os usuários denunciam a demora no reparo, que enquanto não é realizado ameaça a vida da população.

A cuidadora de idosos Edvânia Carvalho, 21 anos, frequenta a integração diariamente e disse que o problema causa insegurança e gera riscos à vida dos passageiros. “Já faz tempo que isso está assim e ninguém resolve. Quem sofre somos nós que precisamos usar o serviço. Acabamos correndo risco dessa marquise cair por cima da gente. Todo mundo evita ficar em baixo por conta do risco. Prefere esperar o ônibus no sol do que ficar em local inseguro”, relatou.

Já a doméstica Reni Pereira, 33 anos, espera o ônibus para Mangabeira na parada ao lado, com medo de ser vítima durante possível queda da estrutura. “Eu mesmo não fico aí em baixo. Ou fico em uma parada antes ou depois. O ruim que tem de andar mais porque os ônibus continuam parando o mesmo lugar”, disse.

Diferentemente dessas duas passageiras, há quem se arrisque sentando nos bancos de espera que ficam debaixo dos abrigos da parada de ônibus, como uma aposentada que não quis se identificar. “O que eu posso fazer, se tenho que esperar cerca de 20 minutos um ônibus e já não tenho saúde, nem idade de ficar em pé. Deus me protege”, afirmou.

A situação de descaso com as paradas de ônibus em João Pessoa é comum de ser vista na própria integração ou em vários pontos da cidade. O abrigo que fica em frente à Vila Vicentina Júlia Freire, no bairro da Torre, por exemplo, foi danificado há meses, mas ainda não foi substituído.

A Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (AETC-JP) informou que demandas sobre paradas de ônibus são de responsabilidade da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob).

SEMOB
O superintendente da Semob, Roberto Pinto, informou que o problema foi causado por um acidente, quando um ônibus foi realizar uma manobra e colidiu com a coberta, danificando a coluna, mas que foi imediatamente identificado e enviado um engenheiro da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) para identificar os possíveis riscos gerados na estrutura, mas concluiu que a mesma não apresenta risco de ir abaixo.

“Ao mesmo tempo, foi solicitada a fabricação de nova estrutura de concreto, pois não há disponibilidade no mercado, já que a mesma deveria seguir o padrão das demais. Por isso, é preciso um prazo para confecção e secagem do material e a previsão é que até a próxima semana a coluna seja reposta”, afirmou.
Sobre os demais abrigos de ônibus na cidade, Roberto Pinto disse que se mantém uma manutenção constante, mas que a Semob enfrenta problemas com ações de vandalismo. Ele adiantou que o órgão está com um processo em andamento para substituição de vários abrigos na cidade.

“Inclusive, contaremos com a ampliação de abrigos em áreas que não o tinham e passarão a receber. Serão três tamanhos distintos, que irão variar de acordo com a largura da calçada e de passageiros que utilizam no local. No entanto, ressalto que nem todo local é possível de instalação, nem necessário, como em paradas exclusivas para desembarque, localizadas próximas a terminais de ônibus, constando apenas a placa indicativa de parada do coletivo”, pontuou Roberto Pinto.

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Jornal da Paraíba

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