icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

Cuidados prolongam vida útil de baterias

Professor da UFCG explica a diferença entre os tipos de baterias existentes e quais os cuidados que devem ser observados.

Publicado em 02/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:20

Peças que garantem o funcionamento autônomo de praticamente todos os aparelhos eletrônicos, as baterias costumam representar grandes incógnitas. Muitos mitos e verdades rodeiam os usos e empregos destes circuitos, que, segundo o professor doutor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina (UFCG) Ângelo Perkusich, têm sofrido mudanças significativas a partir das constantes evoluções tecnológicas.

Os dois tipos mais comuns de tecnologia de bateria usados em smartphones, tablets e laptops, hoje em dia, são íon de lítio (Li-Ion) e polímero de íon de lítio (Li-Po). “As baterias do polímero do lítio são mais leves, pois não requerem as embalagens do metal como nas baterias de Li-Ion e são mais seguras (o eletrólito do polímero usado não é inflamável). As desvantagens é que são mais caras, não seguram tanto a carga e possuem menos ciclos de carregamento em comparação às baterias de Li-Ion", comenta.

Em relação aos hábitos frequentes de grande parte dos usuários, como não carregar os aparelhos totalmente por vezes seguidas ou não esperar a carga terminar para ligá-los na energia, Perkusich ressalta que as implicações dependem do material de fabricação de cada bateria. As informações sobre o tipo de bateria utilizado em determinado equipamento geralmente podem ser localizadas no manual de instruções ou até mesmo no produto.

“Com exceção das baterias de polímero de íon de lítio (Li-Po), que dispensam o cumprimento de ciclos completos de carga e descarga, para todas as outras deve-se garantir carga total”, alerta. “E somente no caso da bateria de polímero de íon de lítio o usuário pode desconectar o equipamento da tomada antes de a bateria estar 100% carregada”, continua.

O especialista ainda adverte que a constante falta de ciclos completos pode acumular com o tempo, diminuindo a retenção de carga e fazendo com que seja necessária a troca da bateria. “Quanto mais cuidados por parte do usuário, maior a demora para essa consequência negativa aparecer. Mas é fato que existe a possibilidade de o consumidor ter de trocar a bateria do celular ou notebook uma vez ou até algumas vezes durante a vida útil destes eletrônicos”, observa.

Outro problema que figura como constante fonte de dúvidas diz respeito ao fato de haver ou não a necessidade de desligar imediatamente os aparelhos após as cargas estarem completas. Sobre isso, Perkusich garante que, se os carregadores utilizados forem originais, assim que a carga atingir seu total, a energia não será mais fornecida para a bateria. “Não há nenhum problema de sobrecarga quando os equipamentos são do mesmo fabricante ou certificados”, comenta.

De acordo ele, para garantir a segurança, é primordial usar acessórios certificados pelas empresas e com controle de qualidade adequado. Caso contrário, há grandes riscos de superaquecimento dos equipamentos, visto que o carregador permanece em operação mesmo com 100% de carga, ou de falhas no carregamento.

DESCARTE DE ITENS REQUER ATENÇÃO

O cuidado com o meio ambiente também é uma questão importante quando o assunto é bateria. Conforme Ângelo Perkusich, quando jogadas no lixo comum, as substâncias químicas presentes nos eletrônicos podem penetrar no solo e entrar em contato com os lençóis freáticos, contaminando plantas e animais com produtos químicos. Entre os exemplos de tais materiais estão mercúrio, cádmio, arsênio, cobre, chumbo, que causam câncer e mutações genéticas.

Para o professor, o ideal seria separar o lixo tóxico do restante, uma vez que a ação facilitaria a coleta e o armazenamento futuro em aterros especiais. “Mas se você optar pelo envio ao fabricante, estará alertando-o de sua preocupação e, quem sabe dessa forma, ele tome consciência de sua responsabilidade como produtor e dê destino correto ao seu produto após o uso”, propõe.

Ele ainda lamenta que no Brasil a reciclagem de pilhas e baterias seja mínima, o que incentiva o descarte irresponsável e contribui para a poluição. “Se essa reciclagem não representa um número satisfatório, uma forma de tentar mitigar o impacto ambiental causado pelas pilhas e baterias seria substituir, na produção, os metais pesados por novos insumos não nocivos”, sugestiona. (Especial para o Jornal da Paraíba)

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp