VIDA URBANA
Professores da UEPB reivindicam retroativo
De acordo com o a Associação dos Docentes (ADUEPB), o pagamento do retroativo referente aos meses de maio a setembro, de 2,83%, ainda não está sendo cumprido.
Publicado em 22/11/2013 às 8:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:13
Os professores efetivos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) vão se reunir hoje em assembleia no campus de Campina Grande para discutir sobre a campanha salarial 2013, que segundo os docentes permanece inconclusa. De acordo com o a Associação dos Docentes (ADUEPB), o pagamento do retroativo referente aos meses de maio a setembro, de 2,83%, ainda não está sendo cumprido.
A presidente da Comissão Gestora Provisória da ADUEPB, Cristiane Nepomuceno, informou que no mês de maio deste ano foi assinado um acordo entre o comando de greve e a reitoria da universidade, onde ficou decidido um reajuste de 5,83%, sendo que 3% começando a ser pago no mesmo mês e mais 2,83% a partir de outubro. “A campanha salarial deste ano precisa ser finalizada e o pagamento do retroativo de 2,83%, referente aos meses de maio a setembro, realizado. A reitoria alega a falta de recursos, mas existe uma emenda, a 297, no valor de R$ 10 milhões, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa, onde R$ 8 milhões seriam para complementar a folha de pagamento. Essa verba a administração da UEPB pode solicitar”, informou.
Ontem parte dos professores paralisaram suas atividades e alguns setores ficaram sem aulas durante todo o dia. Conforme a presidente da Comissão, são cerca de mil docentes na UEPB.
Em Campina Grande, onde houve a paralisação, estão concentrados em torno de onze mil estudantes. Ela contou que a assembleia, que acontece hoje a partir das 9h no campus I de Campina Grande, é quem irá discutir e aprovar, ou não, uma futura greve. “Esperamos uma resposta do reitor. Hoje (ontem) enviamos um ofício a ele, solicitando o reajuste”, destacou.
Segundo as informações do reitor, Rangel Júnior, não houve nenhum acordo firmado e assinado entre a reitoria e a categoria dos professores. Ele informou que foi feito um acordo apenas com a categoria dos técnicos administrativos e que a greve dos docentes, que durou 84 dias, iniciando em fevereiro e finalizando em maio deste ano, só foi encerrada depois de uma determinação da Justiça e da decretação da ilegalidade da greve, por parte do Ministério Público. “O que estão dizendo é na verdade uma leviandade. A greve dos professores só terminou no último dia, depois do prazo dado pela justiça e ainda assim, eles só retornaram ao trabalho dois dias depois do fim do prazo. Não houve nenhuma aceitação por parte do comando de greve dos professores, das propostas da reitoria e eu não assinei nenhum acordo com o sindicato dos professores. Eu disse que se houvesse um aporte financeiro de recursos, em outubro poderia haver um reajuste”, afirmou.
O reitor também informou que as aulas que não aconteceram durante os dias de greve e mais a paralisação de ontem deverão ser repostas no próximo ano, entre fevereiro e março.
Ele também disse que não acha justo os estudantes terem que pagar por uma questão que parte de apenas um grupo de interesses. “Os interesses da universidade devem ser colocados em primeiro lugar. Estamos com dificuldades materiais e eu faço um apelo para que essas lideranças pensem no interesse institucional, não de suas próprias vantagens ou correntes políticas”, contou. Conforme a ADUEPB, hoje haverá aula em todos os setores da instituição.
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