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SAÚDE ALERTA

Dormir pouco pode custar caro: o que seu corpo tenta dizer depois de uma noite mal dormida

Publicado em 19/07/2025 às 18:43

Por Dr. André Telis | Blog Saúde Alerta – Jornal da Paraíba


				
					Dormir pouco pode custar caro: o que seu corpo tenta dizer depois de uma noite mal dormida
Sono insuficiente está associado a maior risco cardiovascular e queda da imunidade. Envato

O sono não é luxo — é fisiologia essencial

Dormir é um processo ativo e vital. Durante o sono, o cérebro organiza memórias, o sistema imunológico se fortalece, os hormônios se equilibram, e o coração desacelera para se preservar.

Mas quando o sono é interrompido ou reduzido — especialmente abaixo de 5 ou 6 horas por noite — os efeitos negativos são rápidos e abrangentes.

Menos horas na cama, mais falhas no cérebro

A privação de sono prejudica funções cognitivas básicas como atenção, tomada de decisões, coordenação e memória.

Estudos da Harvard Medical School mostram que até mesmo uma redução de 2 horas por noite, mantida por poucos dias, já é suficiente para causar déficits equivalentes à embriaguez leve, em termos de reflexo e atenção.

Além disso, há impacto emocional: pessoas que dormem mal têm maior propensão a ansiedade, irritabilidade e descontrole emocional.

Dormir pouco sobrecarrega o coração

Você sabia que dormir mal aumenta o risco de infarto?

De acordo com a American Heart Association, pessoas que dormem menos de 6 horas por noite têm até 45% mais chance de desenvolver doenças cardiovasculares. Isso acontece porque a pressão arterial tende a subir e o sistema nervoso simpático (o “modo alerta” do corpo) permanece ativado.

Além disso, o sono ruim está ligado a desregulação de hormônios inflamatórios, como a interleucina-6 e o TNF-alfa — marcadores que também estão relacionados ao risco de aterosclerose e infarto.

A imunidade despenca

Uma das descobertas mais fascinantes da ciência do sono veio de um estudo da Universidade de Berkeley (EUA). Os pesquisadores constataram que, após uma noite mal dormida, há uma queda de até 70% na atividade das células natural killer — um tipo de glóbulo branco responsável por combater vírus e até células tumorais.

Outro estudo mostrou que pessoas que dormem menos de 6 horas por noite têm uma resposta imune reduzida a vacinas, incluindo as contra gripe e hepatite.

Ou seja: dormir mal pode te deixar mais vulnerável a infecções e reduzir a eficácia de vacinas.

Desequilíbrio hormonal e fome descontrolada

Já reparou como, depois de dormir mal, a vontade de comer besteira aumenta?

Isso tem explicação hormonal. A falta de sono aumenta a grelina, o hormônio que estimula a fome, e reduz a leptina, que sinaliza saciedade. O resultado é um apetite exagerado, especialmente por alimentos calóricos e ricos em açúcar.

Esse desequilíbrio ajuda a entender por que a privação de sono está associada à obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.

Dormiu mal? Veja como minimizar os danos

Ok, você virou a noite — por trabalho, insônia ou festa. Ainda dá tempo de ajudar seu corpo a se recuperar:

• Hidrate-se bem. A desidratação agrava a fadiga.

• Pegue sol logo pela manhã. Isso ajuda a regular o ritmo circadiano.

• Evite cafeína à tarde. Ela pode atrapalhar o próximo sono.

• Cochile, se puder. Mas por no máximo 30 minutos — mais que isso pode atrapalhar o sono noturno.

• Durma mais cedo nos dias seguintes. O sono perdido nunca é recuperado por completo, mas o corpo agradece o esforço.

Dormir bem não é perder tempo. É ganhar saúde.

Uma noite mal dormida pode ser contornada. Mas quando isso se torna rotina, os efeitos são cumulativos — e perigosos.

Cansaço constante, pressão alta, queda na imunidade, ganho de peso e risco cardiovascular elevado são só algumas das consequências.

Cuidar da qualidade do sono é uma das formas mais simples e eficazes de proteger o seu cérebro, seu coração e sua imunidade.

Sono insuficiente está associado a maior risco cardiovascular e queda da imunidade

André Telis

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